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China aprova mandato indefinido para o presidente Xi Jinping

Após votação, o presidente do Congresso, Zhang Dejiang, destacou a importância da defesa "centralizada e unificada" com Xi Jinping no núcleo do poder

O presidente chinês Xi Jinping no Congresso do Partido Comunista  (WANG ZHAO/AFP)

O presidente chinês Xi Jinping no Congresso do Partido Comunista (WANG ZHAO/AFP)

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EFE

Publicado em 11 de março de 2018 às 09h29.

Pequim, 11 mar (EFE).- O plenário do Congresso Nacional do Povo da China aprovou neste domingo uma emenda constitucional que acaba com o limite de dois mandatos presidenciais, uma medida que beneficia e reforça o poder do atual líder do país, Xi Jinping.

O Congresso aprovou em uma única votação um conjunto de 21 emendas constituições, entre as quais estava a que propunha o fim do limite de dois mandatos consecutivos de cinco anos para os presidentes do país. Foram 2.958 votos a favor das emendas, dois contrários e três abstenções.

Outra das emendas aprovadas é a que inclui as teorias políticas de Xi sobre o desenvolvimento do "socialismo com características chinesas em uma nova era" na Constituição do país.

Em um discurso após a votação, o presidente do Congresso Nacional do Povo da China, Zhang Dejiang, destacou a importância da defesa "centralizada e unificada" com Xi Jinping no núcleo do poder.

A atual Constituição da China, que entrou e vigor em 1982, tinha sido modificada por emendas pela última vez em 2004.

A aprovação das emendas constitucionais representa uma consolidação ainda maior do poder de Xi, que acaba de terminar seu primeiro mandato de cinco anos e agora pode ficar no poder de forma indefinida. Os analistas o comparam com Mao Zedong.

Além disso, o fim da rotatividade no poder representa uma ruptura com o sistema criado por Deng Xiaoping, que previa limites temporários de ocupação para os principais cargos políticos, com o objetivo de evitar os excessos provocados pela acumulação de poder nas mãos de Mao entre 1949 e 1976. EFE

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