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China aprova esperada flexibilização da taxa de câmbio

Pequim - O banco central da China informou neste sábado que flexibilizará a taxa de câmbio, o que, segundo analistas, indica que Pequim está disposta a permitir a apreciação de sua moeda, após insistentes pedidos por parte de seus sócios comerciais. "O Banco Central da China decidiu continuar apoiando a reforma do mecanismo da taxa […]

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2010 às 17h57.

Pequim - O banco central da China informou neste sábado que flexibilizará a taxa de câmbio, o que, segundo analistas, indica que Pequim está disposta a permitir a apreciação de sua moeda, após insistentes pedidos por parte de seus sócios comerciais.

"O Banco Central da China decidiu continuar apoiando a reforma do mecanismo da taxa de câmbio do RMB (renminbi, outro nome do yuan que significa 'moeda do povo') e reforçar a flexibilidade da taxa de câmbio do RMB", afirmou a autoridade monetária em sua página na Internet.

O Banco Popular da China advertiu, no entanto, que não existem bases para "grandes variações", dando a entender que os legisladores manterão seu férreo controle sobre o valor do yuan.

Esse anúncio chega uma semana antes do início da reunião do G20 (que reúne os principais países ricos e emergentes) em Toronto, no momento em que aumenta a pressão para que Pequim volte a um sistema de câmbio que possibilite a apreciação de sua divisa.

Os sócios comerciais da China consideram que o yuan está desvalorizado, o que permite a Pequim exportar seus produtos a preços mais baixos.

As reações à notícia vieram rápido, especialmente nos Estados Unidos.

Essa medida "pode ajudar a proteger a recuperação econômica e contribuir para uma economia global mais equilibrada", afirmou o presidente americano Barack Obama em um comunicado.

"Uma aplicação dinâmica (dessa decisão) será uma contribuição positiva a um crescimento mundial forte e equilibrado", afirmou anteriormente o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner.

A China, cuja economia depende das exportações, fixou sua moeda em 6,8 dólares em julho de 2008 para ajudar a indústria manufatureira, atingida pela crise financeira, a conservar os postos de trabalho em um setor que emprega milhões de pessoas.

Atualmente, o yuan pode flutuar apenas 0,5% para cima ou para baixo.

Essa política cambial é uma importante fonte de conflito entre Washington e Pequim.

Em 2005, a China flexibilizou sua taxa de câmbio, permitindo que o yuan apreciasse 20% em relação ao dólar até julho de 2008.

O diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, saudou a decisão chinesa de "voltar ao regime de flutuação controlada de antes da crise financeira global". Completou que um yuan "mais forte" ajusta-se ao processo de avaliação mútua que os países do Grupo dos 20 discutirão em Toronto na semana que vem.
 

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