Mundo

China anuncia sanções contra empresas dos EUA por vendas de armas a Taiwan

Pequim considera Taiwan parte da China e ameaça regularmente recorrer à força em caso de proclamação formal de independência de Taipé

Estados Unidos e China: Washington rompeu relações diplomáticas com Taipé em 1979 para reconhecer Pequim, mas continua sendo o aliado mais importante da ilha (Eblis/Getty Images)

Estados Unidos e China: Washington rompeu relações diplomáticas com Taipé em 1979 para reconhecer Pequim, mas continua sendo o aliado mais importante da ilha (Eblis/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 07h32.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 07h32.

A China anunciou nesta segunda-feira sanções contra empresas, pessoas e instituições americanas envolvidas em um projeto de venda de armas de mais de um bilhão de dólares a Taiwan, uma ilha considerada por Pequim como território chinês.

O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian, afirmou à imprensa que os fabricantes de armas Lockheed Martin, Boeing Defense e Raytheon estão envolvidos, entre outros, nas medidas de represália, que não foram reveladas em detalhes.

O governo dos Estados Unidos anunciou na semana passada a venda a Taiwan de 135 mísseis de defesa com capacidade de alcançar a China.

Washington, que se esforça para contra-atacar a influência da China na região, também decidiu vender a Taiwan lança-foguetes táticos por 436 milhões de dólares e equipamentos de imagem para o reconhecimento aéreo por US$ 367 milhões, o que eleva o total dos contratos a 1,8 bilhão de dólares.

Pequim considera Taiwan parte da China e ameaça regularmente recorrer à força em caso de proclamação formal de independência de Taipé ou de intervenção estrangeira, especialmente americana.

O porta-voz chinês disse que as sanções têm o objetivo de "proteger os interesses nacionais" e serão aplicadas contra os que se "comportaram mal no processo de venda de armas a Taiwan".

"Continuaremos adotando as medidas necessárias para salvaguardar a soberania nacional e os interesses em termos de segurança", destacou Zhao.

Washington rompeu relações diplomáticas com Taipé em 1979 para reconhecer Pequim, mas continua sendo o aliado mais importante da ilha e seu principal fornecedor de armas.

A China aumentou a pressão militar e diplomática sobre Taiwan desde a eleição em 2016 da presidente Tsai Ing-wen, que rejeita a visão de Pequim de que a ilha é parte de "uma só China".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)ChinaTaiwan

Mais de Mundo

Marchas em apoio aos palestinos reúnem centenas de milhares de pessoas na Europa

Ato de campanha de Milei provoca incidentes com detidos na Argentina

Ataque russo a estação de trem na Ucrânia deixa ao menos um morto e 30 feridos

Trump adverte Hamas para que não atrase acordo de paz em Gaza