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China anuncia repressão a desenhos animados violentos e vulgares

Medida ocorre em meio a esforços do governo chinês para controlar a indústria do entretenimento no país

100 anos do Partido Comunista da China (Kevin Frayer/Getty Images)

100 anos do Partido Comunista da China (Kevin Frayer/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 25 de setembro de 2021 às 16h01.

O órgão regulador de radiodifusão na China anunciou que vai encorajar criadores de desenhos animados a produzirem conteúdos "saudáveis" e, ao mesmo tempo, irá reprimir produções violentas, vulgares ou pornográficas. A medida foi divulgada em meio a esforços do governo chinês para controlar a indústria do entretenimento no país.

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O anúncio da Administração Nacional de Rádio e Televisão diz que as agências qualificadas precisam transmitir conteúdo que "defenda a verdade, a bondade e a beleza", de acordo com a Reuters.

Nas últimas semanas, o Partido Comunista da China tem intensificado ações contra a indústria do entretenimento no país. Entre elas, o banimento de reality shows, críticas à cultura dos fãs nas redes sociais e ataques à existência de uma "cultura masculina afeminada".

No começo de setembro, o governo chinês emitiu uma ordem às emissoras de rádio e televisão para que evitem artistas com "posições políticas incorretas" e estilos "afeminados", de forma que uma atmosfera patriótica seja cultivada.

Na ocasião, o Comitê de Ética Profissional da Federação Chinesa de Trabalhadores Literários e Artísticos também realizou um fórum em Pequim, onde criticou o que definiu como "cultura de fãs doentia", incluindo estrelas que consideram ter uma imagem mais "feminina".

Durante o evento, participantes argumentaram contra uma cultura de fãs tumultuada, responsável por disseminar uma "imagem masculina afeminada", gerando "má influência estética na sociedade".

Em agosto, a rede social Weibo, a mais usada na China, derrubou uma lista on-line que classifica as celebridades por popularidade. O anúncio veio horas depois de o jornal estatal Diário do Povo, ligado ao Partido Comunista, ter publicado um editorial criticando plataformas que criam celebridades a partir de indivíduos “indignos”, que podem tomar a atenção e o dinheiro de fãs.

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