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China amplia capacidade nuclear e treina para atacar os EUA, diz Pentágono

Documento elaborado este ano também afirma que China quer ampliar capacidade nuclear em seus bombardeiros de longo alcance

China: EUA lançaram nova estratégia de defesa no início de 2018 centrada na "competição" a longo prazo entre grandes poderes, incluindo a potência asiática (Jacquelyn Martin/Reuters)

China: EUA lançaram nova estratégia de defesa no início de 2018 centrada na "competição" a longo prazo entre grandes poderes, incluindo a potência asiática (Jacquelyn Martin/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 17h38.

Washington - As Forças Armadas da China estão desenvolvendo uma frota de bombardeiros de longo alcance e "provavelmente" treinando seus pilotos em missões com o objetivo de atacar os Estados Unidos e seus aliados, diz um relatório do Pentágono divulgado nesta sexta-feira.

"Durante os últimos três anos, o Exército de Libertação Popular (PLA, na sigla em inglês) ampliou rapidamente suas áreas operativas de bombardeiros sobre a água, adquirindo experiência em regiões marítimas fundamentais e provavelmente treinando para ataques contra alvos americanos e aliados", aponta o Pentágono.

O "Relatório anual sobre desenvolvimentos militares e de segurança que envolve a República Popular da China" é um documento do governo dos EUA pedido pelo Congresso que detalha o desenvolvimento militar chinês durante o ano anterior.

O documento elaborado este ano também afirma que a China quer ampliar sua capacidade nuclear em seus bombardeiros de longo alcance, e aponta que a Força Aérea chinesa "foi designada para uma missão nuclear".

"O desdobramento e a integração dos bombardeiros com capacidade nuclear, pela primeira vez, proporcionaria à China uma 'tríade' nuclear de sistemas de distribuição por terra, mar e ar", acrescenta o relatório.

O presidente da China, Xi Jinping, não escondeu seu desejo de modernizar as Forças Armadas do país e o Pentágono corrobora em seu relatório que estas passam pela "reestruturação mais completa de sua história".

Os EUA lançaram uma nova estratégia de defesa no início de 2018 centrada na "competição" a longo prazo entre grandes poderes, incluindo a China, como um dos principais desafios do exército americano, e deixa em segundo plano a chamada Guerra contra o Terror.

Em demonstrações do crescente poder de Pequim, em maio os militares chineses aterrissaram pela primeira vez bombardeiros H-6K com capacidade nuclear em uma de suas ilhas artificiais no Mar da China Meridional.

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