Mundo

China aceita atuar na crise coreana

Pequim - O "diálogo estratégico e econômico" entre China e Estados Unidos foi concluído nesta terça-feira de forma positiva, mas não substancial, com Washington pedindo progressos em temas econômicos e Pequim aceitando "colaborar" na crise coreana. A maratona de reuniões organizada em Pequim permitiu "progressos em diversos objetivos chave, como a área de comércio e […]

EUA pedem avanços econômicos, e China aceita atuar na crise coreana (.)

EUA pedem avanços econômicos, e China aceita atuar na crise coreana (.)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2010 às 15h23.

Pequim - O "diálogo estratégico e econômico" entre China e Estados Unidos foi concluído nesta terça-feira de forma positiva, mas não substancial, com Washington pedindo progressos em temas econômicos e Pequim aceitando "colaborar" na crise coreana.

A maratona de reuniões organizada em Pequim permitiu "progressos em diversos objetivos chave, como a área de comércio e investimentos", afirmou o Tesouro americano em comunicado.

Washington cumprimentou "a redução de obstáculos chineses às exportações americanas" e o fato de que a China tenha se dito disposta a aprovar um projeto para favorecer a "inovação nacional" em certos setores de alta tecnologia.

Por outro lado, Pequim manteve-se inflexível sobre a principal disputa econômica entre as duas grandes potência: a evolução do câmbio.

Na segunda-feira, o presidente chinês, Hu Jintao, reiterou a vontade de Pequim de continuar a reforma de sua taxa de câmbio, sem fixar uma agenda.

O tema incomoda profundamente Washington, que considera que o yuan está desvalorizado, prejudicando a competitividade da economia americana.

Na parte diplomática, Pequim fez concessões a Washington, ao afirmar que a China "está disposta a trabalhar com os Estados Unidos e outras partes", para acalmar as tensões na península coreana, depois do naufrágio de um navio de guerra sul-coreano atribuído à Coreia do Norte.

A situação entre as duas Coreias é cada vez mais tensa, com declarações belicosas.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, é aguardada na quarta-feira em Seul, última etapa de sua viagem de uma semana à Ásia.
 


Hillary também afirmou nesta terça-feira que Washington "trabalhará com a comunidade internacional e seus colegas chineses para preparar uma resposta eficaz e apropriada".
A delegação americana tinha multiplicado as reuniões desde domingo à noite para tentar convencer a China a condenar a Coreia do Norte.

Mas Pequim, principal aliado do regime de Pyongyang, não afirmou em que medida pretende contribuir para uma solução à crise.

Hillary Clinton e Timothy Geithner, secretário do Tesouro, lideraram uma imponente delegação americana de ao menos 200 pessoas na segunda edição desde 2009 desta série de encontros de alto nível entre Estados Unidos e China, primeira e terceira maiores economias mundiais, respectivamente.

Sem avanços de fundo, Pequim e Washington anunciaram decisões relativas à "troca entre os povos" e o aumento do número de estudantes americanos na China, mediante bolsas dadas pelo governo.

Também foram feitas diversas declarações em relação à importância das relações entre os dois países para a saúde da economia mundial.

Depois que o vice-premiê chinês, Wang Qishan, considerou nesta segunda-feira as economias das duas potências como "inseparáveis", Hillary Clinton comemorou nesta terça-feira "os terrenos em que a relação entre os dois países mostra-se mais profunda".

"A decisão do governo chinês de investir nos instrumentos da dívida americana e em empresas americanas foi sensata, mas é verdade que a China precisa investir mais internamente", declarou Hillary em uma entrevista à emissora CCTV.

As conversas em Pequim também trataram de crescimento, energia, aquecimento global, educação, desenvolvimento e todos os grandes temas diplomáticos.
 


Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCoreia do SulCrises em empresasEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar