Mundo

China abre investigação contra ex-chefe de segurança

Partido Comunista decidiu investigar Zhou Yongkang, político poderoso, por suspeitas de "sérias violações disciplinares"

Zhou Youngkang: político é o mais graduado a ser relacionado em um caso de corrupção desde que o Partido Comunista assumiu o poder (Jason Lee/Reuters)

Zhou Youngkang: político é o mais graduado a ser relacionado em um caso de corrupção desde que o Partido Comunista assumiu o poder (Jason Lee/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 09h28.

Pequim - A China abriu uma investigação sobre o ex-chefe de segurança interna Zhou Yongkang, um dos políticos mais poderosos da década passada e suspeito de corrupção, disse a mídia estatal nesta terça-feira, no que pode se tornar um dos piores escândalos do país.

O Partido Comunista decidiu investigar Zhou por suspeitas de "sérias violações disciplinares", disse a agência de notícias estatal Xinhua em um breve comunicado, no qual usou o eufemismo usual para se referir à corrupção.

A investigação será conduzida pelo órgão anticorrupção do partido, o Comitê Central de Inspeção Disciplinar, e a decisão foi tomada em conformidade com as regras constitucionais e anticorrupção do partido, acrescentou a Xinhua, sem dar mais detalhes.

Zhou, de 71 anos, é o mais graduado político chinês a ser relacionado em um caso de corrupção desde que o Partido Comunista assumiu o poder em 1949. A Reuters noticiou em dezembro que Zhou foi colocado sob virtual prisão domiciliar enquanto o partido investigava as denúncias de corrupção contra ele.

Zhou foi membro do Comitê Permanente do Politburo da China --a cúpula do poder no país-- e possuía um imenso poder no cargo como o todo-poderoso da segurança.

Ele se aposentou em 2012. Durante seu mandato de cinco anos como chefe de segurança, Zhou era responsável pelas forças policiais, o aparato civil de inteligência, a polícia paramilitar, além de juízes e procuradores. O orçamento de segurança interna chegou a ser maior do que os gastos em defesa.

Mas Zhou se tornou poderoso demais e foi rebaixado durante uma mudança total na liderança do partido em 2012. Em 2012, surgiram rumores de que Zhou teria hesitado em tomar medidas contra Bo Xilai, antigo candidato a líder do partido, que caiu em desgraça após um escândalo surgido depois de denúncias de que sua mulher havia assassinado um executivo britânico.

Ao ordenar a investigação, o atual presidente chinês, Xi Jinping, quebrou uma regra não escrita, pela qual se entendia que ex-membros do Politburo não seriam investigados após a aposentadoria. Zhou não pôde ser localizado para comentar. Não ficou claro se ele está está sendo representado por um advogado.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCorrupçãoEscândalosFraudes

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos