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Chile tenta se recuperar após terremoto e tsunami

No porto de Coquimbo, e a vizinha cidade de La Serena, uma das áreas mais atingidas pelo terremoto de quarta-feira à noite, a limpeza das ruas já havia começado


	Cidade de Coquimbo após terremoto e tsunami, no Chile: prejuízos desta vez são muito menores, porque o terremoto afetou uma área mais reduzida e menos povoada
 (Reuters / Ivan Alvarado)

Cidade de Coquimbo após terremoto e tsunami, no Chile: prejuízos desta vez são muito menores, porque o terremoto afetou uma área mais reduzida e menos povoada (Reuters / Ivan Alvarado)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2015 às 14h05.

Os chilenos enfrentavam nesta sexta-feira a tarefa de limpar os escombros e se reerguer após o terremoto de 8,3 graus que foi seguido de dezenas de réplicas e um tsunami, que deixaram 12 mortos e cinco desaparecidos.

No porto de Coquimbo, 450 km ao norte de Santiago, e a vizinha cidade de La Serena, uma das áreas mais atingidas pelo terremoto de quarta-feira à noite, a limpeza das ruas já havia começado.

"Já viramos a página, como se nada tivesse acontecido outro dia", declarou à AFP Francisco García, um paramédico de 24 anos, enquanto percorria a praia de La Serena, onde várias lojas foram destruídas pelas ondas.

Arrastados pelas ondas, embarcações, barcos de pesca, caminhões, carros e destroços de dezenas de casas e postos de rua ficavam visíveis à beira do porto de Coquimbo, como reflexo da passagem do tsunami, que provou ondas de quase 4,5 metros. A maioria das mortes ocorreu em Coquimbo.

O tremor, considerado o sexto mais potente na história do Chile e o maior em magnitude este ano, foi registrado às 19h54 locais de quarta-feira (mesma hora em Brasília). Seu epicentro foi 42 km a oeste da pequena cidade de Canela Baja, 230 km ao norte de Santiago.

As réplicas continuam a ser sentidas, uma delas, de seis graus de magnitude, foi registrada às 06H10 desta sexta-feira.

Ainda não há balanço oficial dos danos ocasionados por esta nova catástrofe, ocorrida cinco anos depois de o litoral chileno ser castigado por um potente tremor e um posterior maremoto, que deixou mais de 500 mortos.

"Seguimos avaliando a magnitude da tragédia. Há danos na região costeira pelo tsunami e danos no interior pelo terremoto, mas custe o que custar nós iremos assumir" a situação, garantiu a presidente Michelle Bachelet, antes de iniciar uma cerimônia por ocasião da Independência do Chile, celebrada nesta sexta.

O ministro da Fazenda, Rodrigo Valdés, disse que ainda era cedo para avaliar os danos econômicos, mas comprometeu a realocação de recursos para enfrentar a tragédia.

"Há muitos projetos hoje em andamento e será preciso rever alguns para dar espaço à necessidade de ajuda", afirmou.

O governo americano anunciou estar preparado para atender a eventuais solicitações de ajuda do Chile.

O terremoto e o tsunami de 2010, de 8,8 graus, causou danos 30 bilhões de dólares, o equivalente a 18% do PIB desse ano.

Os prejuízos desta vez são muito menores, porque o terremoto afetou uma área mais reduzida e menos povoada.

O alerta de tsunami motivou no Chile a transferência a setores altos de um milhão de pessoas, sem maiores complicações em todo o território nacional.

"O mais urgente é determinar se ainda há desaparecidos, reportar onde houve a maior parte dos danos e definir a situação das moradias (afetadas)", indicou por sua vez o vice-ministro do Interior, Mahmud Aleuy.

Nas áreas afetadas, os serviços básicos deverão ser totalmente restabelecidos durante o dia de hoje.

Nesta sexta-feira é comemorado o feriado nacional chileno, o mais esperado pelos chilenos.

Mas as celebrações oficiais deste ano terão um caráter mais limitado. Bachelet decidiu limitar as cerimônias populares e suspender o festival que acontece todos os anos no Palácio do Governo.

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