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Chile quer proibir construções no litoral por terremotos

O assunto voltou à tona depois do terremoto de magnitude 8,4 graus que, seguido de um tsunami, abalou algumas regiões do norte e centro do Chile


	Cidade após terremoto e tsunami no Chile: "É preciso fazer uma discussão definitiva como país. Senão, toda vez que houver um terremoto ou um tremor poderá ocorrer um tsunami"
 (Reuters / Ivan Alvarado)

Cidade após terremoto e tsunami no Chile: "É preciso fazer uma discussão definitiva como país. Senão, toda vez que houver um terremoto ou um tremor poderá ocorrer um tsunami" (Reuters / Ivan Alvarado)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 14h06.

Santiago do Chile - O governo do Chile iniciou nesta segunda-feira um debate sobre "sérias medidas" que devem ser tomadas quanto à permissão de construir dentro de uma margem de 20 metros do litoral, devido à destruição causada pelos tsunamis ocorridos por terremotos que atingiram o país ao longo da história.

"É preciso fazer uma discussão definitiva como país, para não seguir construindo sob essa área de 20 metros. Senão, toda vez que houver um terremoto ou um tremor poderá ocorrer um tsunami", afirmou o subsecretário do Interior, Mahmoud Aleuy.

O assunto voltou à tona depois do terremoto de magnitude 8,4 graus que, seguido de um tsunami, abalou algumas regiões do norte e centro do Chile na última quarta-feira. Até agora, 13 pessoas morreram e mais de 9 mil afetadas.

A destruição material da catástrofe se concentrou principalmente na beira do litoral e foi causada pela invasão do mar, o que obrigou cerca de 1 milhão de pessoas a deixarem suas casas.

"Se não fizermos uma discussão séria de onde instalaremos a infraestrutura pública e privada, não haverá possibilidade de solucionar isso de forma adequada", ressaltou Aleuy em entrevista à emissora "Mega".

Uma onda de 4,2 metros que chega 25 minutos depois do sismo ao litoral, por exemplo, pode inundar apartamentos de dois andares, exemplificou o subsecretário, destacando, no entanto, a infraestrutura pública durante o último terremoto.

"Funcionou perfeitamente, não fechamos um aeroporto, não interrompemos nenhuma estrada, exceto as que ficam perto do litoral, já que não podíamos correr o risco de um veículo ser arrastado por uma onda", explicou.

Aleuy afirmou, além disso, que os cortes de fornecimento de energia foram regulados de forma progressiva. Grande parte dos trabalhos que ainda precisam ser feitos é de limpeza ou recuperação das regiões afetadas pelo sismo.

Segundo o último dado oficial divulgado pelo Escritório Nacional de Emergência (Omeni), há 5.877 imóveis totalmente destruídos ou parcialmente danificados, entre os quais 3.931 são habitáveis.

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