A bandeira do movimento LGBT é vista durante a Parada Gay do Chile (Claudio Santana/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2015 às 18h32.
O governo chileno lançou uma campanha, nesta terça, para promover uma nova lei de união civil que entra em vigor na quinta-feira e valerá para casais heterossexuais e do mesmo sexo.
Há muito tempo defendida por grupos da sociedade civil, a lei é vista como o primeiro passo para se permitir o casamento gay em um país fervorosamente católico.
"Como o Chile mudou e para melhor! Isso era impensável alguns anos atrás", comemorou o porta-voz do governo, Marcelo Diaz, no lançamento da campanha "Uma lei para todas as famílias".
A nova legislação permite que homens e mulheres em relações hetero, ou homossexuais, vivendo sob o mesmo teto, possam compartilhar bens, receber herança e benefícios de pensão, além de tomar decisões médicas.
Se o pai biológico da criança não puder mais cuidar do filho, a prioridade na guarda será dada ao parceiro na respectiva união civil. Essa era uma demanda antiga das organizações dos direitos gays.
De acordo com números do governo, quase 1.600 casais oficializaram sua união civil.
O Chile foi um dos últimos países a legalizar divórcio, em 2004, e não permite a prática do aborto sob qualquer circunstância.