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Chile combate 34 incêndios contra o vento e o calor extremo

Autoridades chilenas avisam população sobre "condições complicadas" em meio à onda de calor no país

Incêndios no Chile: mais de 43.000 hectares já foram queimados no país (Getty Images/Getty Images)

Incêndios no Chile: mais de 43.000 hectares já foram queimados no país (Getty Images/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 4 de fevereiro de 2024 às 13h33.

O Chile prevê um aumento do balanço de 51 mortes, devido aos incêndios florestais que não dão trégua, enquanto autoridades advertem para "condições complicadas" neste domingo, 4, em meio à onda de calor. 

De acordo com o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), as chamas consumiram até agora 25.567 hectares nas regiões centrais do país Valparaíso, Metropolitana, O'Higgins, assim como ao sul do território, em Maule, La Araucanía e Los Lagos.

O diretor nacional do Senapred, Álvaro Hormazábal, deu hoje a primeira entrevista coletiva sobre os incêndios florestais que afetam o país e destacou que há 34 incêndios em combate e 43 controlados.

Além disso, afirmou que as "condições (meteorológicas) vão continuar complicadas", embora não tenham a mesma intensidade dos dias anteriores.

Os testemunhos comoventes das vítimas que perderam suas casas e famílias, assim como as imagens das chamas que cobrem colinas povoadas em Viña del Mar, região de Valparaíso, levaram o papa Francisco a comentar a catástrofe chilena.

Inclinando-se para fora da janela do palácio apostólico, o pontífice pediu que se reze "pelos mortos e feridos nos devastadores incêndios no Chile", depois do Ângelus dominical na Praça de São Pedro.

O número de vítimas pode aumentar

Em Santiago, a ministra do Interior, Carolina Tohá, deu o último balanço de 51 mortos nos incêndios, mas advertiu que o número de vítimas será superior.

"Foi, sem dúvida, o incêndio que gerou mais perdas humanas e provavelmente será a situação de emergência, depois do terremoto de 2010, que gerou mais vítimas no Chile nos últimos tempos", disse ela, em referência ao terremoto de magnitude 8, seguido por um tsunami, ocorrido em 27 de fevereiro de 2010 e que deixou mais de 500 mortos.

Do Palácio La Moneda, em Santiago, o presidente Gabriel Boric também antecipou que as vítimas vão "aumentar", dada a "dimensão" que "a tragédia" está tomando. Até agora, já foram mais de 43.000 hectares queimados.

Os incêndios florestais começaram em meados da semana passada no centro e no sul do país, ao mesmo tempo em que chegava uma inédita onda de calor extremo.

Vários desses incêndios foram reativados de forma muito agressiva e rápida na tarde de sexta-feira, ameaçando milhares de pessoas que vivem nas colinas áridas da região de Valparaíso.

"Os cenários serão propensos a continuar gerando incêndios florestais", alertou o Comitê de Gestão de Riscos de Desastres (Cogrid) de Valparaíso.

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