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Chicago tem mais protestos em frente à sede do McDonald's

Cerca de 400 manifestantes receberam os acionistas do McDonald's, que chegaram para participar da assembleia geral da empresa, com cartazes e música

Protesto em frente à sede do McDonald's: protesto durou cerca de 2 horas (Jim Young/Reuters)

Protesto em frente à sede do McDonald's: protesto durou cerca de 2 horas (Jim Young/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 13h56.

Chicago - Cerca de 400 manifestantes receberam com cartazes e música os acionistas do McDonald's que chegaram de todo o país nesta quinta-feira para participar da assembleia geral da empresa, em Oak Brook, perto de Chicago.

Os manifestantes, que protestaram a distância por conta das barreiras instaladas pela polícia na sede da companhia, reiteraram suas reivindicações de um salário mínimo de US$15 por hora e melhores condições de trabalho.

O protesto, que durou cerca de duas horas, foi menor do que o realizado ontem por dois mil trabalhadores, ativistas comunitários e religiosos no local, que fica a 30 quilômetros de Chicago.

Hoje, os manifestantes vestiam camisetas com a inscrição "Good jobs now" (Bons trabalhos agora)" e levavam cartazes em Inglês e Espanhol com palavras de ordem, como "Levante-se, viva melhor".

Conforme informou à polícia de Oak Brook, no primeiro dia, 130 foram detidos por invasão de propriedade privada e receberam uma multa de US$75 e uma citação para comparecer perante a Justiça.

Deivid Rojas, do Comitê Organizador dos Trabalhadores de Chicago, disse hoje à Agência Efe que neste segundo dia de protestos não houve problemas com as autoridades e que os manifestantes se limitaram a "acompanhar com barulho a chegada dos acionistas e a manter a visibilidade". O comitê é um dos grupos que tenta sindicalizar os empregados de restaurantes de fast-food com o apoio do Sindicato Internacional de Empregados de Serviço (SEIU).

Rojas admitiu que a tarefa é difícil porque a maioria é empregada por franqueados e a organização deve ser realizada em cada empresa.

"A empresa tem que reconhecer que somos sérios e não daremos marcha à ré", disse Jessica Davis que trabalha no McDonald's como instrutora de novos empregados.

O pastor afro-americano Arthur Berry, que veio de Detroit para participar dos protestos, foi um dos detidos ontem e declarou que voltou aos protestos, porque é consciente de que é "muito difícil viver com um salário de US$7,40 por hora".

Em Chicago, a indústria alimentícia paga o salário mínimo do estado de Illinois, que é de US$8,25 por hora, e os empregados trabalham meio período sem benefícios ou horários fixos.

Os protestos por um melhor salário no setor começaram no final de 2012 em Nova York e se estenderam a outras cidades dos Estados Unidos, assim como outros países.

Além do McDonald's, que é a maior rede de fast-food do mundo, outros operadores da indústria como Burger King e Wendy"s foram alvo dos protestos dos ativistas.

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