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Chevron pede desculpas e diz querer seguir no Brasil

A ANP suspendeu as atividades da empresa até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo na Bacia de Campos

Barcos com barreiras de contenção ajudam no controle da mancha de óleo no campo de Frade  (Divulgação/Chevron Brasil Petróleo)

Barcos com barreiras de contenção ajudam no controle da mancha de óleo no campo de Frade (Divulgação/Chevron Brasil Petróleo)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 22h28.

São Paulo - A Chevron disse nesta quarta-feira ter agido com a maior responsabilidade em relação ao vazamento do campo de Frade, na bacia de Campos, e afirmou que tomará todas as medidas para que o incidente não se repita, com vistas a prosseguir operando no Brasil.

"Esperamos continuar sendo parceiros do Brasil no seu trabalho de desenvolver os seus recursos para poder fazer jus ao seu destino de se tornar uma potência energética", disse nesta quarta-feira o presidente da companhia norte-americana no Brasil, George Buck, em audiência na Câmara.

Ele informou ainda que apresentará os resultados de uma investigação ao país assim que ela for concluída, para que o problema não se repita.

"A Chevron assume a responsabilidade por esse incidente... Estamos cientes da seriedade dessa situação e assumimos nossa responsabilidade."

O executivo, que pediu desculpas "ao povo brasileiro" e ao governo do Brasil, explicou que não deixou de informar a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) adequadamente.

"Entendam que nos primeiros dias controlar a divulgação das informações foi algo muito confuso e difícil".


Ele destacou que tão logo as investigações sejam finalizadas tudo será trazido a público. "O nosso intuito é que isso jamais se repita no Brasil ou em qualquer lugar do mundo."

Buck ressaltou que a companhia agiu com "rapidez e maior segurança possível" e disse ter utilizado os recursos à disposição para controlar o problema.

Redução da mancha

O executivo da petrolífera norte-americana avaliou que a mancha de óleo na área do vazamento no campo de Frade foi reduzida e indicou que o incidente não causou danos à vida marinha.

"Tenho a alegria de dizer que no nosso sobrevoo de ontem (terça-feira) encontramos menos de 3 barris de óleo na superfície... Mas a Chevron considera que uma só gota na superfície ainda é inaceitável", declarou o presidente da companhia.

"Tenho o prazer de dizer com base nas observações que não houve dano à vida selvagem."

Na noite desta quarta-feira, a ANP decidiu suspender todas as operações de perfuração da petroleira norte-americana no Brasil, incluindo um projeto para atingir o pré-sal da bacia de Campos.

Em comunicado divulgado à noite, a Chevron confirmou a suspensão das operações pela ANP e afirmou que o tamanho da mancha originada pelo vazamento de óleo está reduzido a um barril.

"Esta suspensão não terá impacto em nossa produção no campo Frade ou em outras operações neste campo. O Frade produz atualmente em torno de 79.000 barris de óleo equivalente por dia", afirmou a empresa em comunicado.

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