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Chegou o voo internacional mais curto do mundo: 8 minutos

Companhia aérea estreia rota entre duas cidades separadas por apenas 20 quilômetros, usando jatos brasileiros


	Embraer: "São Galo" fica no nordeste da Suíça; a outra cidade, Porto de Frederico, fica na Alemanha
 (Divulgação)

Embraer: "São Galo" fica no nordeste da Suíça; a outra cidade, Porto de Frederico, fica na Alemanha (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2016 às 09h40.

Ponte aérea é isso, não o que a gente tem aqui em casa. Quem mora na cidadezinha de São Galo, que fica na beira de um lago no Nordeste, e quiser ir para a vizinha Porto de Frederico, do outro lado da lagoa, já pode ir de avião - e atravessar os 20 quilômetros de água em meros 8 minutos. Tudo à bordo de um Embraer 195, com mais 120 passageiros, em voos que saem duas vezes por dia.

Bom, infelizmente a única coisa brasileira nessa história é o avião mesmo. "São Galo" fica no nordeste da Suíça, no pedaço germânico do país do chocolate e da Teoria da Relatividade.

Os locais a chamam de Sankt Gallen, naturalmente. A outra cidade, Porto de Frederico, fica na Alemanha. E como os alemães gostam de falar difícil, teimam em chamar o lugar pelo seu nome teutônico, Friedrichshafen ("hafen" é porto, informa minha colega de redação Karin Hueck, criada na Alemanha, e que hoje senta aqui do meu lado.

Apesar de St Gallen e Friedrichshafen estarem quase tão próximas quanto a minha mesa e a da Karin, faz sentido existir um voo entre as duas cidades, pelo menos do ponto de vista da People's, uma mini-companhia aérea que, apesar do nome em inglês e de gosto duvidoso tem sede na austríaca, e estilosa, Viena.

É que o lago é uma pedra no sapato entre os habitantes das duas cidades. Apesar de eles praticamente poderem dar tchau um pros outros nas beiradas do lago, contornar a porção de água cercada de terra por todos os lados faz com que a viagem entre uma cidade e outra leve 80 quilômetros. Ok. Também nem é tudo isso.

Mas, como dinheiro não é problema nem para os suíços de St Gallen nem para os alemães de Friedrichshafen, a People's imagina que não vai faltar demanda para o voo, mesmo com a companhia cobrando quase R$ 300 (80 euros) a ida-e-volta.

Mas voos ultra-curtos a jato não são tão exclusividade assim de países endinheirados. O Brasil mesmo já teve uma rota entre Londrina e Maringá, duas cidades paranaenses separadas por exíguos 100 quilômetros.

A Azul operava o voo, que não levava nem 20 minutos. Mas ele acabou extinto por falta de demanda. Mas ainda há rotas bem curtas. Uma das maior movimentadas é a que liga Goiânia e Brasília (200 km). Essa deve continuar para sempre - até porque dinheiro, em Brasília, não é exatamente o problema.

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