Supermercado saqueado em Córdoba, na Argentina: outras vítimas fatais foram registradas nas províncias de Chaco (2), Córdoba (1), Buenos Aires (1), Jujuy (1), Entre Ríos (1) (Irma Montiel/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 11h58.
Buenos Aires - As vítimas durante a onda de saques ocorrida na Argentina já chegam a nove, com a confirmação de uma terceira morte na província de Tucumán, a mais afetada pelos distúrbios, já controlados, que ocorreram depois dos protestos realizados por policiais.
"Oficialmente temos que falar de três mortos, embora haja uma quarta pessoa que morreu na rua, mas não temos certeza se ela estava vinculado com os saques", disse nesta terça-feira aos meios de comunicação o ministro da Saúde tucumano, Pablo Yendlin.
Yendlin acrescentou que cerca de 100 feridos foram atendidos nas últimas 48 horas nos hospitais da capital provincial, San Miguel de Tucumán, cerca de 1.100 quilômetros ao noroeste de Buenos Aires.
Os policiais retornaram hoje às ruas após o aumento salarial acordado com o Governo provincial e a cidade recuperou progressivamente a calma, com a reabertura de escolas e edifícios públicos, que na terça-feira permaneceram fechados, e a normalização do transporte público.
Outras 19 províncias também acordaram aumento salarial para as forças de segurança, que desconvocaram a greve e retornaram para suas funções, como confirmou nesta quarta-feira o chefe de Gabinete argentino, Jorge Capitanich.
"Foram resolvidos todos os conflitos nas províncias argentinas. A situação está canalizada e resolvida", disse Capitanich à imprensa.
Com três mortos, Tucumán foi a região mais golpeada pela onda de saques e distúrbios iniciada em 3 de dezembro em Córdoba, em coincidência com protestos policiais que ocorreram em grande parte do país.
As outras vítimas fatais foram registradas nas províncias de Chaco (2), Córdoba (1), Buenos Aires (1), Jujuy (1), Entre Ríos (1).
O conflito policial e os saques frustaram as comemorações pelo 30° aniversário de democracia ininterrupta que foi celebrado ontem na Argentina, durante os quais a presidente, Cristina Kirchner, criticou com dureza os policiais e assegurou que os roubos foram "planejados".