Mundo

Chega a 72 o número de mortos por suposto ataque químico na Síria

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá com urgência para analisar as circunstâncias do ataque

Síria: o governo dos Estados Unidos considerou o ataque como um provável "crime de guerra" (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: o governo dos Estados Unidos considerou o ataque como um provável "crime de guerra" (Ammar Abdullah/Reuters)

E

EFE

Publicado em 5 de abril de 2017 às 09h15.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 09h16.

Cairo - O número de mortos pelo suposto bombardeio químico ocorrido na terça-feira, na cidade de Jan Shijun, no norte da Síria, subiu para 72 pessoas, entre elas 20 crianças, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Entre os mortos também estão 17 mulheres, segundo a ONG, que anteriormente tinha estimado em 58 o número de pessoas mortas pelo suposto ataque químico na cidade que está em uma zona sob controle rebelde.

A ONG alertou que nas últimas horas aconteceram novos bombardeios em Jan Shinjun, realizados por aviões de guerra não identificados, mas não há registro de vítimas.

Tanto o governo de Damasco como a oposição trocam acusações do ataque, ocorrido na cidade localizada na província de Idlib, uma região que em sua maioria está em mãos dos rebeldes e de facções islâmicas.

Segundo a Defesa Civil da Síria, que fornece serviços de resgate em áreas fora do controle das forças governamentais, o ataque expôs a substâncias químicas cerca de 300 pessoas.

Os feridos apresentavam sintomas de asfixia, vômitos, espasmos e alguns jogavam espuma pela boca, segundo denunciaram algumas fontes.

A cidade de Jan Shijun tem aproximadamente 75 mil moradores, muitos deles procedentes da vizinha província de Hama, e está sob o controle do Exército Livre Sírio (ELS), de acordo aos dados proporcionados à Agência Efe pelo diretor do Centro de Informação de Idlib, Obeida Fadel.

Horas depois do suposto ataque químico, aviões de guerra voltaram a atacar um centro médico da cidade, que ficou impedido de funcionar.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança da oposição, acusou aviões governamentais de ter atacado Jan Shijun com projéteis que contendo gás sarin, mas tanto Damasco como a Rússia, sua principal aliada, negaram o fato.

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá com urgência hoje para analisar o suposto ataque químico, a pedido da França e do Reino Unido.

Já o governo dos Estados Unidos considerou o ataque como um provável "crime de guerra" e responsabilizou diretamente o presidente sírio, Bashar al Assad.

Acompanhe tudo sobre:Armas químicasMortesSíria

Mais de Mundo

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada