Operação de resgate no vulcão Ontake, no Japão (REUTERS/Kyodo)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2014 às 06h40.
Tóquio - As equipes de resgate retomaram nesta terça-feira a busca por vítimas no vulcão japonês Ontake após três dias de interrupção devido ao tufão Phanfone e encontraram mais dois corpos, que elevam a 53 o número de mortos pela erupção, segundo informou a agência "Kyodo".
As condições meteorológicas dificultaram ainda mais as tarefas dos milhares de bombeiros, policiais e do Exército, que participam do rastreio.
A busca se concentrou até agora no cume e nos arredores do vulcão, onde foi encontrada grande parte dos mortos. A maioria morreu pelo impacto das pedras que caíram durante a erupção do sábado.
Os serviços de resgate ampliarão a busca aos caminhos que chegam até o cume e também fora dessas passagens, segundo explicou um responsável pelas operações à emissora NHK.
Os operários instalaram barreiras provisórias nas zonas de busca para se proteger dos possíveis deslizamentos que podem ocorrer na montanha devido à acumulação de cinzas, rochas, água e gelo.
As autoridades japonesas também instalaram barreiras de contenção para evitar que as abundantes chuvas arrastem cinzas vulcânicas e rochas até Kiso e Otaki, localidades próximas ao pé do vulcão.
Ontake, o segundo maior vulcão do Japão, com 3.067 metros de altura e situado a cerca de 100 quilômetros da cidade de Nagoia, entrou em erupção no sábado enquanto centenas de montanhistas se encontravam por perto.
Sabe-se que cerca de 250 puderam abandonar a região com a pé ou foram evacuados. Desses, 69 sofreram ferimentos, a maioria por impactos, fraturas e queimaduras.
Independentemente de haver mais vítimas no cume do Ontake, sua erupção já é a que mais provocou mortes no Japão desde 1926, quando 144 pessoas morreram e 210 ficaram feridas pela explosão do monte Tokachi, na ilha de Hokkaido (norte do país).