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Chefes africanos definem linhas gerais de missão em Mali

Plano de intervenção enviará 3.3000 efetivos para ajudar a retomar controle do norte do país


	Soldados franceses em Mali: exército francês mantém bombadeios aéreos sobre rebeldes armados no país
 (AFP/ Issouf Sanogo)

Soldados franceses em Mali: exército francês mantém bombadeios aéreos sobre rebeldes armados no país (AFP/ Issouf Sanogo)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 22h31.

Bamaco - Os chefes do Estado-Maior da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) definiram nesta terça-feira em Bamaco as linhas gerais da missão militar de apoio ao Governo de Mali, embora ainda tenham trabalho a fazer amanhã.

Os dirigentes militares dos 15 países da Cedeao permaneceram quase 12 horas reunidos para finalizar o plano de intervenção dos 3.300 efetivos que deverão ser enviados para ajudar o Exército malinês a retomar o norte do país, em poder de rebeldes salafistas desde junho passado.

Segundo várias fontes, além da estratégia, as discussões giraram em torno do orçamento da operação, da logística e também da forma como superar as diferenças linguísticas entre os diferentes membros da missão.

Enquanto os chefes militares da Cedeao continuam suas discussões, o Exército francês continua sua ofensiva e os bombardeios aéreos nas duas frentes abertas contra os rebeldes armados.

Na região de Mopti, no centro-leste do país, as forças malinesas, com o apoio de tropas francesas, conseguiram conter o avanço do grupo salafista Ansar al-Din, embora, segundo reconheceram hoje as autoridades francesas, a cidade de Konna, tomada pelos insurgentes na semana passada, ainda não pôde ser totalmente controlada pelo Exército malinês.

Por outro lado, na frente aberta na província de Segú, no centro do país, os radicais islâmicos continuam entrincheirados na cidade de Diabali, na qual irromperam ontem.

No último dia 7, os grupos salafistas que controlam o norte do país desde junho lançaram uma ofensiva contra território sob influência do Governo de Bamaco e tomaram a cidade de Konna.

Incapaz de frear a ofensiva, o Exército malinês solicitou a intervenção da França, que assegurou que se manterá no país até que se desdobrem as forças africanas e a situação se estabilize. 

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