Mundo

Chefes da espionagem britânica são interrogados em público

O responsável pelo GCHQ será provavelmente quem enfrentará as perguntas mais severas

John Sawers, do MI6: audiência parlamentar da tarde reunirá pela primeira vez em público Andrew Parker, John Sawers e Iain Lobban (AFP)

John Sawers, do MI6: audiência parlamentar da tarde reunirá pela primeira vez em público Andrew Parker, John Sawers e Iain Lobban (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 18h44.

Londres - Os responsáveis pelas três agências de inteligência britânicas enfrentavam nesta quinta-feira um interrogatório televisionado sem precedentes, em meio à preocupação gerada pelas revelações do americano Edward Snowden sobre seus programas de espionagem em massa.

A audiência parlamentar da tarde desta quinta-feira reunirá pela primeira vez em público Andrew Parker, diretor do serviço de inteligência interno MI5, John Sawers, seu colega do MI6, o serviço exterior, e Iain Lobban, responsável pela agência de escutas GCHQ (Government Communications Headquarters, central de comunicações do governo).

A sua presença ante o comitê de inteligência e segurança permitirá uma avaliação incomum dos líderes da espionagem britânica, que costumam responder em particular por confidencialidade.

O responsável pelo GCHQ será provavelmente quem enfrentará as perguntas mais severas, já que os documentos vazados por Snowden sugerem que existe uma estreita colaboração entre este organismo e seu correspondente americano, a Agência de Segurança Nacional (NSA), para ter acesso às comunicações de cidadãos comuns.

Andrew Parker, o responsável pelo MI5, acusou Snowden de dar um presente aos terroristas com seus vazamentos.

Mas Glenn Greenwald, o jornalista americano que colaborou com Snowden para publicar parte de suas revelações no jornal britânico The Guardian, negou ter feito algo que prejudicasse a segurança nacional.

Greenwald declarou à BBC em relação à audiência desta quinta-feira: "O sistema falhou na hora de exercer responsabilidades significativas, porque havia um sistema de espionagem em massa que os povos americano e britânico não tinham ideia que havia sido construído em seu nome e com seu dinheiro".

Acompanhe tudo sobre:Edward SnowdenEspionagemEuropaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia