Pawel Adamowicz: o prefeito de Gdansk, na Polônia, que foi morto devido a um ataque a facadas. Foto tirada em 27 de outubro de 2018 (Teceiros/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 08h46.
Última atualização em 21 de janeiro de 2019 às 11h48.
Varsóvia - As autoridades polonesas detiveram nesta segunda-feira o chefe de segurança do ato beneficente onde foi esfaqueado o prefeito de Gdansk, Pawel Adamowicz, que morreu há uma semana por causa dos ferimentos causados no ataque.
A promotoria polonesa acusou o responsável de segurança de ter confundido a polícia ao afirmar que o assassino de Adamowicz chegou ao palco onde o prefeito estava usando uma credencial de imprensa falsificada, uma informação que ficou comprovada ser falsa.
Inicialmente, o chefe de segurança afirmou que o agressor possuía uma credencial de imprensa, um documento cuja veracidade não podia ser confirmada por sua equipe de segurança, já que a concessão dependia da organização do evento.
Adamowicz foi esfaqueado enquanto participava sobre o palco de um ato beneficente popular, na frente de centenas de pessoas e diante das câmaras de televisão.
O assassino, um ex-condenado com problemas mentais, esfaqueou o prefeito diante do olhar atônito do público e tomou depois um dos microfones para reivindicar o assassinato e culpar o partido de Adamowicz pela sua "injusta" prisão.
Adamowicz pertencia ao partido liberal Plataforma Cidadã, a principal força da oposição na Polônia, e ocupava a prefeitura de Gdansk desde 1998.
A morte do prefeito de Gdansk deixou a Polônia alarmada e causou comoção no país, enquanto algumas vozes lamentam a radicalização vivida pela sociedade polonesa.
Ontem, o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, membro do partido nacionalista Lei e Justiça, pediu que o debate público seja mais "respeitoso" e fez uma chamada à reconciliação "nacional".
O funeral de Adamowicz aconteceu no sábado em Gdansk e contou com o comparecimento dos líderes políticos mais importantes do país.