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Chefe rebelde em Aleppo promete que cidade será o túmulo do Exército sírio

O coronel Abdel Jabbar al-Oqaidi é encarregado da logística da rebelião

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2012 às 12h06.

O coronel Abdel Jabbar al-Oqaidi, chefe militar dos rebeldes em Aleppo, reunido com seus homens concedeu uma entrevista à AFP, na qual afirmou que a cidade será o túmulo do Exército na Síria.

O sunita, encarregado da "logística" da rebelião, discursou para vários homens influentes.

Ex-coronel do Exército do presidente Bashar al-Assad que aderiu à revolução, Al-Oqaidi sorri, apesar dos intensos combates travados horas antes em vários bairros de Aleppo.

"Aleppo será o túmulo dos tanques" das tropas do regime Assad, declara depois de os rebeldes terem afirmado que resistiram aos ataques das forças regulares nesta cidade, que é o centro econômico do país.

"Nós pedimos ao ocidente apenas uma zona de exclusão aérea", para evitar os bombardeios aéreos, diz.

Na véspera, uma chuva de bombas caiu sobre esta metrópole de 2,5 milhões de habitantes. A ofensiva obrigou milhares de sírios a se fugirem.

Os bombardeios recomeçaram neste domingo.

"Estamos prontos para derrubar este regime", afirma o oficial rebelde, constantemente interrompido pelo toque de seu celular.

"Não há uma retirada estratégica do Exército Sírio Livre (ESL, formado por desertores e civis armados), em Aleppo. Esperamos o ataque", diz, recusando-se, por razões de "segredo militar", a revelar quantos rebeldes estão lutando.

"O Exército só pode usar seus aviões ou artilharia pesada à distância, bombardear cidades, destruir casas. Ele não pode entrar na cidade", afirma o líder rebelde.

"Estamos posicionados por toda a cidade e temos armas para nos defender dos helicópteros", disse, acusando o regime de tentar "cometer um massacre". "Eles querem fazer como em Homs", a cidade central da Síria, símbolo da repressão brutal por parte do regime de Damasco.

"Acreditamos que eles podem cometer um massacre enorme, e pedimos à comunidade internacional que intervenha para evitar esses crimes", acrescentou o coronel.

Para ele, "o Exército sírio vacila, está entrando em colapso. Não defende mais nenhuma causa específica".

Este esconderijo dos rebeldes está a quilômetros de Aleppo, e o coronel termina a reunião com os opositores de longa data do regime. Depois, por volta das 03h00 da manhã, ele desaparece na noite, seguido por seu assessor que carrega uma kalashnikov e a bolsa do coronel, contendo um computador.

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