O chefe das Farc, Timoleón Jiménez: "existe um povo clamando por paz e justiça social depois de nós", defendeu (AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 09h39.
Bogotá - O máximo chefe da guerrilha colombiana das Farc, Timoleón Jiménez, ou Timochenko, minimizou as recentes críticas aos diálogos de paz que desenvolvem com o governo colombiano em Cuba, assim como os ataques e sequestros cometidos pelo grupo rebelde, em um comunicado difundido na internet.
O líder guerrilheiro, cujo verdadeiro nome é Rodrigo Londoño Echeverry, assinalou que "a impressão que se tem é que altos interesses externos e internos pressionam por uma descabelada solução militar do conflito e buscam o fim das conversações de paz", afirmou, falando ao http://www.farc-ep.co.
Desde novembro de 2012, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a principal guerrilha deste país, realizam em Havana um processo de paz com o governo do presidente Juan Manuel Santos, com acompanhamento internacional da Suécia, Venezuela e Chile.
"Os tempos, procedimentos e conteúdos que giram em torno dos diálogos de Havana envolvem propósitos muito sérios para permitir que se continue tratando este assunto com uma leveza tão irresponsável", afirma o comunicado.
"Acreditamos que o presidente (Juan Manuel) Santos deve avaliar bem os cálculos que estão sendo feitos. Existe um povo clamando por paz e justiça social depois de nós", acrescentou.
Timochenko questionou que alguns porta-vozes do governo, líderes de partidos políticos e empresários estão "apelando para pretextos triviais" como a "execução por parte das Farc de ações militares e de sabotagem econômica depois do cessar-fogo unilateral". "Esquecendo", enfatizou, "que o governo impôs e defende abertamente o diálogo em meio ao confronto".
Em 20 de janeiro uma trégua unilateral que as Farc ofereceram como gesto de boa vontade durante um mês terminou e a guerrilha retomou seus ataques.