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Chefe do Pentágono tranquiliza afegãos por eleição de Trump

A visita de Ashton Carter serve para divulgar qual o posicionamento que o presidente eleito adotará no conflito mais longo no qual os EUA estão envolvidos

EUA: a visita ocorre num momento de crescente inquietação pela situação de insegurança no Afeganistão (Getty/Getty Images)

EUA: a visita ocorre num momento de crescente inquietação pela situação de insegurança no Afeganistão (Getty/Getty Images)

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AFP

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 13h29.

O secretário americano de Defesa, Ashton Carter, em visita ao Afeganistão, reafirmou nesta sexta-feira o compromisso de Washington com este país, diante da incerteza sobre a estratégia que Donald Trump adotará no conflito mais longo no qual os Estados Unidos estão envolvidos.

Carter se reuniu com o presidente afegão, Ashraf Ghani, e com militares americanos por ocasião de sua última visita oficial ao Afeganistão antes de passar o bastão ao seu sucessor, o ex-general James Mattis, considerado partidário da linha-dura.

A visita ocorre num momento de crescente inquietação pela situação de insegurança no Afeganistão, onde 10.000 militares americanos apoiam as tropas afegãs que combatem com dificuldade os insurgentes talibãs e grupos ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico (EI).

"Os Estados Unidos são e continuarão sendo comprometidos com um Afeganistão soberano e seguro", declarou Carter em uma coletiva de imprensa conjunta com Ghani.

"Estamos ao lado dos afegãos que assumiram riscos e fizeram tantos sacrifícios", acrescentou.

Ghani agradeceu a Carter pelo apoio militar e pelo sacrifício das tropas americanas no Afeganistão, cujo futuro é incerto ante a chegada ao poder de Trump.

O Afeganistão foi mencionado em poucas ocasiões durante a campanha presidencial nos Estados Unidos, apesar de se tratar de um dos temas mais complexos para o novo presidente.

Trump deu poucos detalhes sobre seus projetos em termos de política externa, incluindo Afeganistão, onde quinze anos de conflito e centenas de bilhões de dólares investidos desde a invasão americana de 2001 não permitiram restabelecer a segurança.

Os talibãs estão em plena ofensiva em todo o país, apesar da aproximação do inverno, que costuma marcar uma trégua dos combates e a intensificação dos esforços internacionais para relançar as negociações de paz.

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