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Chefe do Parlamento iraniano se apresenta como candidato às eleições presidenciais

Pleito, inicialmente previsto para 2025, foi antecipado após a morte inesperada do presidente ultraconservador Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero

Presidente do Parlamento do Irã, Mohammad Baqer Qalibaf, apresenta candidatura para suceder Ebrahim Raisi, morto em 19 de maio em acidente de helicóptero  (ATTA KENARE/AFP)

Presidente do Parlamento do Irã, Mohammad Baqer Qalibaf, apresenta candidatura para suceder Ebrahim Raisi, morto em 19 de maio em acidente de helicóptero (ATTA KENARE/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 3 de junho de 2024 às 17h00.

Última atualização em 3 de junho de 2024 às 17h06.

O presidente do Parlamento iraniano, o conservador Mohammad Baqer Qalibaf, apresentou-se, nesta segunda-feira, como candidato às eleições presidenciais antecipadas de 28 de junho no Irã. Após o período de inscrição de cinco dias concluído nesta tarde, o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, disse aos jornalistas que 80 candidatos se inscreveram no total.

Estes devem ser validados antes de 11 de junho pelo Conselho dos Guardiões da Constituição, órgão não eleito dominado por conservadores e encarregado de supervisionar o processo eleitoral. A campanha começa no dia seguinte.

As eleições, inicialmente previstas para 2025, foram antecipadas após a morte inesperada do presidente ultraconservador Ebrahim Raisi, em um acidente de helicóptero em 19 de maio.

Qalibaf, de 62 anos, foi recentemente reeleito presidente do Parlamento após as eleições legislativas de março.

"Se eu não concorrer às eleições, o trabalho que iniciamos nos últimos anos para resolver os problemas econômicos do povo não estará concluído", declarou o político, após apresentar sua candidatura no Ministério do Interior.

O ex-comandante do Corpo da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico do Irã, já disputou três vezes a Presidência. Qalibaf também foi prefeito de Teerã entre 2005 e 2017.

Entre os candidatos estão o ex-presidente populista Mahmud Ahmadinejad, o moderado Ali Larijani, ex-presidente do Parlamento, e o negociador ultraconservador de assuntos nucleares, Said Jalili.

Morte de Raisi

Raisi morreu em um acidente aéreo em uma área remota de montanhas perto da fronteira do país com o Azerbaijão. Segundo a mídia iraniana, o helicóptero fazia parte de um comboio presidencial com outras duas aeronaves que aterrissaram sem problemas em Tabriz, nordeste do Irã.

Além do presidente, havia mais oito pessoas no helicóptero: o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian; o governador do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati; o aiatolá Mohammad Ali Ale-Hashem, representante do Líder Supremo do Irã no Azerbaijão Oriental; um piloto, um copiloto, o chefe da tripulação, o chefe da segurança e outro guarda-costas.

Raisi, de 63 anos, foi eleito em 2021 e era havia muito tempo uma figura proeminente no Irã. Como presidente, ele supervisionava todo o trabalho do governo e era o segundo indivíduo mais poderoso na estrutura política do Irã depois do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, de 85 anos e no cargo há 35.

Visto por muitos analistas como potencial sucessor de Khamenei, sua morte deixa incerta a política doméstica iraniana. Com o acidente, o primeiro vice-presidente, o conservador Mohammad Mokhber assumiu interinamente.

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