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Chefe do Exército da Índia aumenta ameaça sobre Paquistão

Comentários do general Bikram Singh acontecem em meio à crescente indignação popular após a morte de dois soldados na Caxemira


	General Bikram Singh em conferência de imprensa: "nós nos reservamos ao direito de retaliar em um momento e lugar de nossa escolha", disse
 (Reuters)

General Bikram Singh em conferência de imprensa: "nós nos reservamos ao direito de retaliar em um momento e lugar de nossa escolha", disse (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 11h59.

Nova Délhi - O chefe do Exército da Índia ampliou a ameaça de retaliação contra o Paquistão pelo assassinato de dois soldados na Caxemira, dizendo que pediu a seus comandantes no terreno para serem agressivos em face de provocação.

Os comentários duros do general Bikram Singh, nesta segunda-feira, acontecem em meio à crescente indignação popular pela suposta decapitação de um dos soldados mortos e parecem ter o intuito de aumentar ainda mais a tensão com o Paquistão, embora analistas afirmem que um colapso nas relações é altamente improvável.

O Paquistão acusa a Índia pela mais recente crise nas relações.

Os dois países já travaram três guerras, duas pela Caxemira, desde a independência em 1947 e agora possuem armas nucleares.

Descrevendo a decapitação do soldado como "horrível", Singh disse em entrevista coletiva: "Nós nos reservamos ao direito de retaliar em um momento e lugar de nossa escolha".

Os combates da semana passada foram o pior incidente de violência na Caxemira, região do Himalaia que ambas as nações reivindicam, desde que os dois lados concordaram com um cessar-fogo há nove anos.

Ambos os Exércitos perderam dois soldados cada nos confrontos em trechos da linha de cessar-fogo de 740 quilômetros este mês. A cabeça de um dos soldados foi cortada, segundo o governo indiano, inflamando os ânimos no país e levando a família do soldado a iniciar uma greve de fome exigindo que seu corpo seja trazido de volta.

"O ataque em 8 de janeiro foi premeditado, uma atividade pré-planejada. Tal operação exige planejamento, reconhecimento detalhado", disse Singh.

As observações vieram horas antes de comandantes locais se encontrarem em um ponto de passagem na linha de cessar-fogo, pela primeira vez desde o início dos combates, para tentar reduzir as tensões. Não houve informações imediatas sobre o que aconteceu na reunião.

Singh disse que o Exército indiano honraria o cessar-fogo na Caxemira, desde que o Paquistão fizesse o mesmo, mas iria responder imediatamente a qualquer violação da trégua.

"Espero que todos os meus comandantes na linha de controle sejam agressivos e ofensivos em face de provocação e fogo", declarou.

O Paquistão chamou as alegações indianas de propaganda e culpou o país por violações na linha de cessar-fogo.

O cessar-fogo na Caxemira entrou em vigor em novembro de 2003, sobrevivendo até mesmo à crise nas relações após os ataques a Mumbai em novembro de 2008 por um grupo militante baseado no Paquistão.

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