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Chefe de missão Opaq-ONU para adverte que falta mais difícil

Em outubro, a Opaq adotou um estrito plano para completar durante a primeira metade de 2014 a destruição de todas as armas químicas sírias


	OPAQ: organização anunciou que os EUA destruirão a bordo de uma embarcação da Marinha as substâncias químicas mais perigosas do arsenal sírio
 (AFP)

OPAQ: organização anunciou que os EUA destruirão a bordo de uma embarcação da Marinha as substâncias químicas mais perigosas do arsenal sírio (AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 15h49.

Bruxelas - A chefe da missão internacional encarregada do desmantelamento do arsenal de armas químicas na Síria, a holandesa Sigrid Kaag, advertiu nesta segunda-feira que, apesar das conquistas feitas até o momento, ainda resta "o trabalho mais complexo e que apresenta um desafio maior".

Durante a conferência anual que os Estados-membro da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) realizam em Haia nesta semana, Sigrid fez balanço das tarefas realizadas pela missão.

Explicou que os esforços realizados até o momento em território sírio permitiram que a capacidade de Damasco para fabricar armas químicas "tenha se tornado inoperável".

No entanto, a coordenadora da missão conjunta insistiu nas dificuldades que a equipe encontra para realizar suas tarefas, em um cenário onde "a situação continua sendo complexa e as condições de segurança são voláteis".

Segundo Sigrid, "a eliminação de um programa de armamento nuclear nunca aconteceu em condições tão perigosas".

"A tarefa de tirar os agentes químicos da Síria do país para realizar sua destruição exigirá uma enorme coordenação e um esforço coletivo", ressaltou.

A chefe da missão assinalou que em outubro puderam ser inspecionados todos os locais de produção de armas, salvo um, e ressaltou a cooperação por parte das autoridades sírias.


Em 15 de outubro, a Opaq adotou um estrito plano para completar durante a primeira metade de 2014 a destruição de todas as armas químicas sírias.

As substâncias mais perigosas devem ser transportadas para fora da Síria antes de 31 de dezembro e sua destruição será feita da forma "mais segura e mais rápida" antes do fim de março de 2014.

Os outros agentes químicos - com exceção do isopropanol - deixarão o território sírio no máximo em 5 de fevereiro e deverão ser neutralizados durante o primeiro semestre de 2014.

Enquanto isso, os analistas internacionais destruirão todas as instalações químicas em solo sírio entre 15 de dezembro e 15 de março, em uma sequência que se organizará com base nos riscos que cada cidade oferece.

No sábado passado, a Opaq anunciou que os Estados Unidos destruirão a bordo de uma embarcação da Marinha as substâncias químicas mais perigosas do arsenal sírio, enquanto a eliminação do resto de produtos tóxicos correrá a cargo de empresas privadas. 

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