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Chefe de ética da Fifa apelará contra relatório de Copas

A Fifa disse não ter encontrado evidências de que russos e catarianos agiram de forma corrupta durante o processo de candidatura


	Fifa: o chefe de ética disse que o relatório apresentado nesta quinta não o convence
 (AFP)

Fifa: o chefe de ética disse que o relatório apresentado nesta quinta não o convence (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 12h30.

Londres - Horas depois de a Fifa ter inocentado a Rússia e o Catar de corrupção no processo de candidatura que elegeu os países como respectivas sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, o próprio presidente da Câmara de Investigação do Comitê de Ética da entidade, o norte-americano Michael Garcia, anunciou que deverá apelar contra o relatório apresentado nesta quinta-feira.

A Fifa disse não ter encontrado evidências de que russos e catarianos agiram de forma corrupta durante o processo de candidatura, assegurando que os dois Mundiais acontecerão conforme programado, após os dois países terem triunfado na eleição ocorrida em dezembro de 2010, quando o Comitê Executivo da entidade anunciou os vencedores da disputa para abrigar estas duas Copas.

Garcia, porém, disse que o relatório apresentado nesta quinta não o convenceu, após ter liderado por dois anos a investigação que apurava irregularidades nas candidaturas e na eleição que consagrou Rússia e Catar como sedes dos próximos Mundiais.

"A decisão de hoje contém numerosas interpretações incompletas e errôneas dos fatos. Eu tenho a intenção de apelar contra essa decisão para o Comitê de Apelação da Fifa", afirmou Garcia, por meio de um comunicado oficial.

O relatório final sobre o caso foi divulgado nesta quinta-feira pelo alemão Hans Eckert, juiz supostamente independente da Fifa, que apenas citou a necessidade de punir alguns dirigente e fortalecer o processo de seleção das sedes a partir da Copa de 2026.

A Fifa até chegou a confirmar que empresários e dirigentes do Catar de fato pagaram cerca de R$ 12 milhões para conseguir apoio para a candidatura do país ao Mundial de 2022, mas Eckert não concluiu que deva acontecer um novo processo de seleção da sede da competição, assim como a Fifa não acredita que os incidentes são graves o suficiente para justificar tirar a Copa do país do Golfo Pérsico.

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