Mundo

Chefe das Farc conta como decidiu aceitar data para a paz

"Eu era taxativamente contra pôr datas, mas depois me convenceram e pronto", declarou o líder guerrilheiro em uma fragmento da entrevista


	Chefe das Farc, Timochenko: "se a grande maioria da sociedade se comprometer a encontrar soluções as encontraremos; não estou pedindo ao povo que apoie nossas bandeiras políticas nem nossas ideias"
 (AFP)

Chefe das Farc, Timochenko: "se a grande maioria da sociedade se comprometer a encontrar soluções as encontraremos; não estou pedindo ao povo que apoie nossas bandeiras políticas nem nossas ideias" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 12h12.

Caracas - O líder das Farc, conhecido como "Timochenko", revelou em entrevista para a emissora interestatal "Telesur" que mudou de opinião e aceitou estabelecer uma data para a assinatura do acordo de paz com o Estado da Colômbia.

"Eu era taxativamente contra pôr datas, mas depois me convenceram e pronto: vamos inclusive antes dessa data; podemos fazê-lo antes se houver vontade", declarou o líder guerrilheiro em uma fragmento da entrevista divulgado nesta terça-feira.

A "Telesur", sediada na Venezuela, exibirá na noite de hoje a entrevista, que foi realizada em Cuba pela ativista de direitos humanos colombiana e ex-senadora Piedad Córdoba.

"Se conseguirmos comprometer a grande maioria da sociedade, por mais difíceis que sejam os problemas, se a grande maioria da sociedade se comprometer a encontrar soluções as encontraremos; não estou pedindo ao povo que apoie nossas bandeiras políticas nem nossas ideias", acrescentou "Timochenko" em outro trecho.

O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) fez o balanço do grupo sobre as negociações de paz, um dia depois de terem feito o próprio em Bogotá representantes do governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos.

O comparecimento do chefe da equipe negociadora, Humberto de la Calle, e do alto comissário de paz, Sergio Jaramillo, teve o ápice quando foram questionados sobre as implicações que o acordo pode ter para militares, policiais e outros agentes do Estado.

"Nós não vamos aceitar um cenário em que despacharemos rapidamente as Farc para nos dedicarmos a abrir investigações contra agentes do Estado ou civis. Esse não será o cenário", explicou Jaramillo.

Na quarta-feira, o governo colombiano e as Farc anunciaram em Havana um acordo no ponto de justiça transitória em um ato liderado por Santos e "Timochenko".

Esse pacto, sobre um dos temas mais espinhosos, implica uma série de benefícios jurídicos que poderão contemplar alguns membros das Farc, os que não cometeram delitos mais graves, e que também é aplicável a civis, militares e outros agentes do Estado que tenham cometido crimes durante o conflito armado.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaAmérica LatinaFarcVenezuelaEntrevistas

Mais de Mundo

Polônia pede sessão urgente do Conselho de Segurança após violação de espaço aéreo

NASA proíbe chineses com visto dos EUA de trabalhar em programas espaciais

Em meio a derrota política, Milei comemora inflação abaixo do esperado na Argentina em agosto: 1,9%

Exército do Nepal pede a turistas que busquem assistência durante toque de recolher