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Chefe da ONU para ebola mostra otimismo

David Nabarro ressaltou que a resposta global extraordinária nas últimas quatro semanas o deixou esperançoso de que a epidemia possa terminar em 2015

Representante da ONU para o ebola, David Nabarro, durante um discurso na Assembleia Geral (Mike Segar/Reuters)

Representante da ONU para o ebola, David Nabarro, durante um discurso na Assembleia Geral (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 17h04.

Nações Unidas - O representante da Organização das Nações Unidas para o ebola, David Nabarro, afirmou nesta quinta-feira que não foi feito nem um quarto do necessário na luta para conter a doença.

Ele ressaltou, contudo, que a resposta global extraordinária nas últimas quatro semanas o deixou esperançoso de que a epidemia possa terminar em 2015. "Até o último caso de ebola estar sob tratamento, temos que ficar completamente alertas", afirmou Nabarro.

Há um mês atrás, o líder disse que o número de casos da doença deveria dobrar a cada três ou quatro semanas, e advertiu que, sem uma mobilização global em massa, "o mundo terá de viver com o vírus ebola para sempre".

Ele também afirmou que a resposta necessária teria de ser 20 vezes maior, porém, nas últimas quatro semanas, a taxa de infecções parece estar diminuindo em algumas partes da África Ocidental. O vírus matou cerca de 5.000 pessoas no continente.

Nabarro apontou para dois outros sinais positivos: a resposta global extraordinária no último mês e a mobilização das comunidades locais nos três países como resultado de campanhas de mídia em massa e de "esforços de sensibilização" de casa em casa envolvendo os líderes tradicionais.

Apesar de reconhecer os avanços, Nabarro disse que é muito cedo para dizer o pior já passou, destacando que alguma vezes a redução dos casos de infectados pode ser seguida por um aumento.

"Nós temos em alguns lugares uma taxa de aumento mais lento, mas não posso dizer que parece que superamos o pior."

Ele disse que são necessários mais instalações de tratamento, centros de cuidados comunitários e dinheiro para combater a epidemia.

O objetivo da ONU é ter 70% dos casos da doença isolados e 70% dos funerais sendo feitos de forama segura até 1º de dezembro.

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