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Chefe da OEA pede sessão extraordinária sobre a Venezuela

A oposição venezuelana está nas ruas da nação petroleira há três meses protestando contra o que considera uma "ditadura"

Protestos na Venezuela: as manifestações já deixaram 91 mortos (Andres Martinez Casares/Reuters)

Protestos na Venezuela: as manifestações já deixaram 91 mortos (Andres Martinez Casares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de julho de 2017 às 17h09.

Caracas - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu uma sessão extraordinária do organismo para discutir a crise política que a Venezuela atravessa nesta quinta-feira, um dia depois de manifestantes ligados ao governo invadirem o Congresso, dominado pela oposição, deixando vários deputados feridos.

Em uma carta ao brasileiro José Luiz Machado, presidente do Conselho Permanente da OEA, Almagro, um crítico ferrenho do governo venezuelano, solicitou a reunião "o mais rápido possível" e sugeriu a tarde da próxima sexta-feira como data possível.

Almagro e diversos países da América Latina e do mundo condenaram o ataque ao Parlamento com paus, pedras e fogos de artifício, que ocorreu uma semana depois de o presidente Nicolás Maduro ameaçar recorrer às armas se seu país for tomado pelo caos e pela violência.

A oposição venezuelana está nas ruas da nação petroleira há três meses protestando contra o que considera uma "ditadura". As manifestações, que às vezes acabam em enfrentamentos entre a força pública e jovens encapuzados, já deixaram 91 mortos.

O presidente de 54 anos, por sua parte, argumenta que os protestos só pretendem semear o caos para depô-lo.

Em meados de junho, em sua Assembleia-Geral em Cancún, a OEA fracassou na tentativa de emitir uma declaração formal condenando o governo de Maduro por seu manejo da crise política e econômica na nação sul-americana.

Mesmo assim seus membros prometeram continuar insistindo no tema até que a crise seja resolvida pacificamente na Venezuela, que sofre com uma inflação de três dígitos em meio a uma recessão econômica e uma escassez de alimentos e remédios.

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