Maduro: "Vamos gritar que Lênin vive!, Vamos às ruas com as bandeiras da União Soviética!" (Miraflores Palace/Handout via REUTERS/Reuters)
AFP
Publicado em 7 de novembro de 2017 às 20h40.
Centenas de chavistas marcharam nesta terça-feira em Caracas, alguns segurando cartazes com imagens de Lênin e da foice e o martelo da extinta União Soviética, para comemorar o centenário da Revolução Russa.
"Vamos gritar que Lênin vive!, Vamos às ruas com as bandeiras da União Soviética!", disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao convocar a mobilização em direção ao palácio de governo.
Em meio a uma severa crise com escassez de alimentos e medicamentos, alta inflação e risco de moratória, Maduro convocou a população a festejar os 100 anos da Revolução Bolchevique.
Um entusiasmo que contrastou com a discrição que seu aliado, o presidente russo, Vladimir Putin, deu à data.
Na Venezuela, Maduro e altos funcionários chavistas reivindicam a celebração e a figura da antiga URSS, dissolvida há quase 30 anos.
"Prestamos homenagens ao povo russo. Foi o primeiro desafio à ordem capitalista", escreveu no Twitter Delcy Rodríguez, presidente da Assembleia Constituinte.
Rodríguez acompanhou sua mensagem com fotografias de Lênin saudando a multidões.
"Sua impressão social e cultural devem ser reivindicadas e estudadas", expressou o chanceler Jorge Arreaza.
Bandeiras da Venezuela, Rússia e Cuba foram erguidas na manifestação rumo ao palácio presidencial, onde Maduro recebeu seus apoiadores.
A rede de televisão estatal VTV dedicou sua programação aos atos pelo aniversário da Revolução Bolchevique. As redes sociais do governo usaram a hashtag #100AñosDeRevoluciónObrera (100 anos de revolução operária, em espanhol).