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Chavismo rejeita plano da oposição para ratificar diálogo

O secretário executivo da opositora MUD advertiu que na próxima reunião a aliança "avaliará" os gestos do governo para confirmar o processo

Diosdado Cabello: "Falar com a oposição é falar com o nada" (REUTERS/Palácio Miraflores/Divulgação)

Diosdado Cabello: "Falar com a oposição é falar com o nada" (REUTERS/Palácio Miraflores/Divulgação)

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AFP

Publicado em 3 de novembro de 2016 às 08h49.

O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, considerou uma ameaça o prazo estabelecido pela oposição venezuelana para ratificar o diálogo com o governo de Nicolás Maduro, e reforçou a convocação de uma passeata para esta quinta-feira.

"Hoje a direita nos deu prazo de 10 dias, (...) voltou a nos ameaçar. Falar com a oposição é falar com o nada, assim ninguém tem a palavra. Farei o que tiver que fazer para ajudar o companheiro Nicolás Maduro", disse Cabello em seu programa semanal no canal estatal VTV.

O secretário executivo da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesús Torrealba, advertiu que na próxima reunião plenária para o diálogo, em 11 de novembro, a aliança "avaliará" os gestos do governo para confirmar o processo.

Após o início, domingo passado, das conversações com a mediação do Vaticano e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a MUD anunciou na terça-feira a suspensão de um julgamento parlamentar contra Maduro por sua responsabilidade política na crise, assim como de uma mobilização convocada para quinta-feira até o palácio governamental de Miraflores.

Mas o governo pretende manter uma manifestação convocada para o mesmo local.

"Eu sou chavista e amanhã (quinta-feira) vou ao palácio de Miraflores", disse Cabello.

Ao justificar a suspensão do protesto da oposição, Henry Ramos Allup, presidente do Parlamento (controlado pela MUD), afirmou que o Vaticano pediu moderação "de parte a parte" das passeatas convocadas na semana passada.

Cabello, no entanto, destacou que "Ramos Allup não pode falar em nome do chavismo".

Apesar da determinação da MUD, estudantes opositores mantêm a convocação para uma marcha até Miraflores, assim como Lilian Tintori, a esposa do dirigente detido Leopoldo López.

Tintori iniciou na quarta-feira à noite uma vigília diante da prisão em que López está detido. Ela afirmou que não sabe nada sobre o marido desde sexta-feira da semana passada.

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