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Chávez lamenta ausência em aniversário de tentativa de golpe

Desde que partiu para Havana no dia 10 de dezembro para ser operado pela quarta vez de um câncer, Chávez, de 58 anos, não apareceu em público

Estudantes venezuelanos agitam uma gigantesca bandeira nacional durante um encontro em demonstração de apoio ao presidente Hugo Chávez em Havana (REUTERS / Desmond Boylan)

Estudantes venezuelanos agitam uma gigantesca bandeira nacional durante um encontro em demonstração de apoio ao presidente Hugo Chávez em Havana (REUTERS / Desmond Boylan)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 07h02.

Caracas - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, hospitalizado em Havana há quase dois meses, lamentou sua ausência nesta segunda-feira em um ato político em Caracas para lembrar o 21º aniversário da tentativa de golpe de Estado que liderou em 1992, segundo uma carta lida pelo vice-presidente Nicolás Maduro.

"Lamento muito estar ausente fisicamente do território pátrio pela primeira vez nesta data de nascimento, mas assim exige esta batalha que estou travando para a plena recuperação, aqui na irmã e revolucionária Cuba", disse Chávez em mensagem lida por Maduro a milhares de chavistas reunidos próximo ao palácio presidencial de Miraflores.

"Contudo, meu espírito e meu coração estão entre vocês neste dia da dignidade nacional", leu emocionado o vice-presidente durante a cerimônia, transmitida em cadeia de rádio e televisão.

Desde que partiu para Havana no dia 10 de dezembro para ser operado pela quarta vez de um câncer, Chávez, de 58 anos, não apareceu em público, nem teve fotos suas divulgadas. O governo tem informado sobre seu estado de saúde e garante que permanece no comando do país.

O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, reiterou nesta segunda-feira que Chávez "segue rumo a sua recuperação, melhorando a cada dia".

"Chávez não sou eu, Chávez é um povo (...) O povo exerce o poder viva e plenamente", afirmou o dirigente em sua mensagem.

No dia 4 de fevereiro de 1992, batizado pelo governo como o Dia da Dignidade Nacional, o tenente-coronel Chávez fracassou em sua tentativa de derrubar o presidente Carlos Andrés Pérez. A tentativa levou o jovem militar à prisão, mas dois anos depois recebeu um indulto e, em 1998, venceu pela primeira vez as eleições.

"O 4 de fevereiro não terminou, seu espírito de insubmissão deve acompanhar-nos todos os dias", escreveu Chávez.

Ao terminar de ler, Maduro ergueu a carta de sete páginas para todos os presentes, mostrando a assinatura de Chávez e anunciou que o governo a divulgaria.

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