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Chávez faz acusações a "setores" da Petrobras

Para o presidente, há setores que não estão interessados em que se cumpra um acordo com a estatal venezuelana PDVSA

Chávez: "Creio que na Petrobras há setores ou atores que não querem o acordo. Estou convencido disso e vou tratar do assunto com a presidente, minha querida Dilma" (Leo Ramírez/AFP)

Chávez: "Creio que na Petrobras há setores ou atores que não querem o acordo. Estou convencido disso e vou tratar do assunto com a presidente, minha querida Dilma" (Leo Ramírez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 08h23.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou ontem que há setores dentro da Petrobras que não estão interessados em que se cumpra um acordo com a estatal venezuelana PDVSA sobre a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

"Creio que na Petrobras há setores ou atores que não querem o acordo. Estou convencido disso e vou tratar do assunto com a presidente, minha querida Dilma (Rousseff), porque quando não é uma coisa é outra", disse Chávez à imprensa. Segundo ele, Dilma tem intenção de visitá-lo em algum momento em novembro, e o tema provavelmente será discutido.

Os governos do Brasil e da Venezuela acertaram a construção da refinaria em conjunto em 2005. Mas, desde 2007, a empresa brasileira decidiu iniciar a construção sozinha porque a PDVSA não havia feito os pagamentos previstos.

O projeto prevê investimentos de US$ 15,294 bilhões na refinaria no nordeste brasileiro com capacidade de processar 230 mil barris de petróleo por dia a partir de 2013 - com participação de 60% da Petrobras e 40% da estatal venezuelana.

A petroleira venezuelana PDVSA entregou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) as garantias exigidas para tomar sua parte no financiamento de R$ 10 bilhões concedido à Petrobras para a construção da refinaria.

Segundo informação do BNDES a garantia foi apresentada "esta semana". O banco agora vai fazer a avaliação dos documentos, mas não divulgou se há ou não um prazo específico para esta análise. O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, havia afirmado que amanhã seria o prazo final para que Venezuela manifestasse sua intenção de manter a sociedade. Ele também afirmou que não teria novo adiamento neste prazo, como já havia acontecido por duas vezes.

A Petrobras divulgou nota dizendo que não se manifestaria sobre as declarações de Chávez.

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