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Chávez descarta ajuste da taxa de câmbio na Venezuela

Na Venezuela vigora desde 2003 um duro controle do câmbio, que fixa o dólar em 4,3 bolívares

"Vou progressivamente me recuperando", afirmou Chávez, sem dar detalhes
 (Presidência/AFP)

"Vou progressivamente me recuperando", afirmou Chávez, sem dar detalhes (Presidência/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 22h48.

Caracas -O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que tentará se reeleger em 7 de outubro, descartou esta terça-feira que seu governo prepare um ajuste da taxa de câmbio oficial, assegurando que as finanças estatais no país estão bem.

"Nós não temos previsto nenhum ajuste do câmbio, acreditamos que as variáveis macroeconômicas estão bastante estabilizadas, a política cambiária está funcionando", disse Chávez durante coletiva.

Na Venezuela vigora desde 2003 um duro controle do câmbio, que fixa o dólar em 4,3 bolívares, enquanto existe um mercado parapelo no qual a moeda americana é vendida a um preço muito maior, cujo valor é proibido difundir por lei.

Questionado se as condições cambiárias atuais prejudicam a entrada da Venezuela no Mercosul - do qual também fazem parte Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai -, Chávez assegurou que o ingresso no bloco regional, que seu país formalizou no final de julho, "não depende de elementos" como esse.

"Nossa incorporação com êxito ao Mercosul, como estamos certos de que vai acontecer ou começou a acontecer, não depende de elementos tão específicos como este, depende do desenvolvimento real da economia", que está "muito sólida", afirmou.

Empresários venezuelanos afirmam que o controle cambiário é o grande entrave para as exportações e só beneficia as importações, majoritárias no modelo venezuelano, uma vez que o país importa, por exemplo, 70% dos alimentos que consome.

Esta situação, advertem, só beneficiaria os gigantes do bloco regional, como Brasil e Argentina.

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