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Chávez afirma cumprir a tarefa que o tempo impôs

"Alguns dizem que 12 anos é muito tempo, mas o tempo é relativo", disse o presidente

Hugo Chávez afirmou que seus críticos são cheios de contradições e tentam "enganar o povo" (Agência Brasil)

Hugo Chávez afirmou que seus críticos são cheios de contradições e tentam "enganar o povo" (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2011 às 17h17.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste domingo que após 12 anos no poder continua cumprindo a tarefa que foi determinada, mas destacou que ainda falta muito tempo para concretizar seu projeto político.

"Alguns dizem que 12 anos é muito tempo, mas o tempo é relativo. São 12 anos que pareceram 12 dias", disse Chávez em entrevista a seu ex-vice-presidente José Vicente Rangel, que tem um programa no canal Televen.

"Eu posso dizer que estou cumprindo com minha tarefa, com minha essência", completou, antes de negar que exista em sua forma de governar um sentimento "messiânico".

"Estou cumprindo com a tarefa que o tempo me impôs. Não estou aqui por vontade própria. Como diria (Simón) Bolívar, um furacão me trouxe", completou.

O presidente venezuelano advertiu que "falta muito tempo para que se possa semear um projeto novo, um projeto histórico".

"Isto não vai terminar, vai continuar. Não há um fim. É um tempo ilimitado. Como dizia (o escritor argentino Jorge Luis) Borges, é a pátria perene".

Chávez, que chegoy ao poder em 1999, aspira em 2012 a um terceiro mandato de seis anos. Também já disse em várias oportunidades que pode governar além de 2019.

Na mesma entrevista, Hugo Chávez afirmou que seus críticos são cheios de contradições e tentam "enganar o povo".

"As contradições que estão em seu seio os anulam. Eles não têm princípios, nem fim, nem pés, nem cabeça. Não têm princípios éticos. Eles defendem os trabalhadores e a (patronal) Fedecâmaras, falam de aumentos de salário, mas elogiam o modelo capitalista".

"Fazem demagogia e tentam enganar o povo", acrescentou.

Ao mesmo tempo, Chávez considerou "positivo" o debate político na Assembleia Nacional (Parlamento unicameral), onde a oposição ocupa desde janeiro 40% das cadeiras. Os opositores estiveram fora da vida parlamentar a partir de 2005, quando decidiram boicotar as legislativas.

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