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Charlie Hebdo ironiza escândalo e lança lema: Je suis Panamá

A capa, que vai às bancas amanhã, mostra uma manifestação de milionários, que, além da ostentação de sua riqueza, levam cartazes com o lema "Je suis Panamá"


	Charlie Hebdo: a capa, que vai às bancas amanhã, mostra uma manifestação de milionários, que, além da ostentação de sua riqueza, levam cartazes com o lema "Je suis Panamá"
 (Charlie Hebdo Officiel / Facebook)

Charlie Hebdo: a capa, que vai às bancas amanhã, mostra uma manifestação de milionários, que, além da ostentação de sua riqueza, levam cartazes com o lema "Je suis Panamá" (Charlie Hebdo Officiel / Facebook)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 16h22.

Paris - A revista satírica "Charlie Hebdo" dedica a capa de sua edição desta semana às revelações do escândalo internacional de evasão de impostos Panama Papers com a manchete "Terrorismo fiscal" e ironiza lançando um lema para ricos, "Je suis Panamá", que parafraseia a frase que serviu como um manifestação de solidariedade após o atentado contra a redação da publicação.

A capa do "Charlie Hebdo", que vai às bancas amanhã, mostra uma manifestação de milionários, que, além dos sinais evidentes de ostentação de sua riqueza, levam cartazes com o lema "Je suis Panamá" ("Nós somos Panamá").

Uma referência ao país que está no centro das atenções desde que o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em inglês) começou a divulgar documentos vazados do escritório panamenho de advocacia e gestão de patrimônios Mossack Fonseca, que teria auxiliado políticos, empresários e celebridades de todo o mundo a criar offshores para ocultar suas fortunas.

O lema "Je suis Panamá" se inspirou no "Je suis Charlie", que foi utilizado nas manifestações de solidariedade à "Charlie Hebdo" após o ataque terrorista contra a redação da revista em janeiro de 2015.

Na peculiar manifestação de milionários que serve para ilustrar com um tom satírico o fenômeno da evasão fiscal, aparecem outras mensagens que também foram levadas pelos manifestantes após o atentado contra a revista, como "Não mudarão nosso modo de vida" e "Sem medo".

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