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Chanceleres de Brasil e Colômbia evitam mencionar Venezuela em final de reunião

Mauro Vieira e o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo estiveram juntos na quinta, no Palácio de San Carlos

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebe o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, no Palácio do Itamaraty (Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebe o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, no Palácio do Itamaraty (Antônio Cruz/Agência Brasil)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 16 de agosto de 2024 às 07h07.

Última atualização em 16 de agosto de 2024 às 08h20.

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Os chanceleres Mauro Vieira e o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, evitaram fazer referência à Venezuela em um pronunciamento feito na quinta-feira, 15, após se reunirem em Bogotá.

Contexto da reunião

A reunião a portas fechadas, no Palácio de San Carlos (sede do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia) durou várias horas, e era esperado que os dois discutissem a crise na Venezuela após as eleições de 28 de julho.

Mas, após a reunião, em declaração gravada divulgada pela Chancelaria colombiana, a única referência ao assunto foi muito vaga e veio de Murillo.

“Destacamos o progresso feito em termos da relação entre consultas políticas sobre assuntos globais, assuntos regionais e as tarefas de nossas missões diplomáticas”, declarou.

Questionado pela imprensa ao deixar a chancelaria, o embaixador da Colômbia no Brasil, Guillermo Rivera, disse que não tem “autorização para falar sobre a Venezuela, apenas sobre a relação bilateral entre Colômbia e Brasil, que é uma relação muito sólida, muito afetuosa”.

Lula conversou com presidente da Colômbia

O que foi discutido no telefonema de quarta-feira entre o presidente colombiano, Gustavo Petro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mantido em sigilo, de acordo com uma fonte próxima ao governo colombiano, mas enquadrado nos esforços desses países para ajudar a encontrar uma solução para a atual situação na Venezuela.

Hoje, tanto Petro quanto Lula esboçaram propostas para a crise que seguiram direções semelhantes, mas com algumas diferenças.

Enquanto Lula propôs duas soluções - a formação de um governo de coalizão que integre membros do chavismo e da oposição ou a realização de novas eleições - Petro sugeriu uma “frente nacional” como um passo “transitório” em 'direção a uma “solução definitiva” para a crise.

Já o político colombiano lembrou a solução que os partidos Liberal e Conservador da Colômbia encontraram no século XX para tirar o general Gustavo Rojas do poder e com a qual, após um pacto político, se revezaram no poder por quase 20 anos.

Relação diplomática

Essa é a segunda reunião entre os chanceleres em menos de um mês - Murillo se encontrou com Vieira em Brasília em 25 de julho, apenas três dias antes das eleições na Venezuela.

Os dois aproveitaram a oportunidade para analisar o comércio, a tecnologia da informação e as questões ambientais e agrícolas, e também discutiram a próxima cúpula da biodiversidade (COP16) a ser realizada em Cali, capital do departamento colombiano de Valle del Cauca.

Lula convidou Petro a participar da cúpula de líderes do Grupo dos Vinte (G20), que será realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro.

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