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Chanceleres da UE debaterão em conselho extraordinário a situação em Ucrânia e Gaza

A chefe da diplomacia europeia insistiu que "o direito internacional é claro: todos os territórios ocupados temporariamente pertencem à Ucrânia"

Gaza: guerra deslocou milhares de pessoas. (Anadolu / Colaborador/Getty Images)

Gaza: guerra deslocou milhares de pessoas. (Anadolu / Colaborador/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de agosto de 2025 às 13h17.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) se reunirão em um conselho extraordinário nesta segunda-feira para abordar a situação em Ucrânia e Gaza, segundo confirmou à Agência EFE um porta-voz comunitário.

"O presidente (americano, Donald) Trump tem razão ao afirmar que a Rússia deve pôr fim à sua guerra contra a Ucrânia. Os Estados Unidos têm o poder de obrigar a Rússia a negociar seriamente. Qualquer acordo entre Estados Unidos e a Rússia deve incluir a Ucrânia e a União Europeia, já que se trata de uma questão que afeta a segurança da Ucrânia e de toda a Europa", disse a alta representante da UE para Assuntos Exteriores, Kaja Kallas, em declarações enviadas à EFE.

Acrescentou: "Convocarei uma reunião extraordinária dos ministros de Relações Exteriores da UE na segunda-feira para debater nossos próximos passos. Os interesses fundamentais da Europa estão em jogo. Também discutiremos com os ministros a situação em Gaza".

A chefe da diplomacia europeia também insistiu que "o direito internacional é claro: todos os territórios ocupados temporariamente pertencem à Ucrânia", e acrescentou que "um acordo não deve servir de trampolim para novas agressões russas contra a Ucrânia, a aliança transatlântica e a Europa".

Finalmente, Kaja Kallas reconheceu que "a postura do presidente Trump em relação à Rússia se endureceu" e que "o histórico de promessas e tratados não cumpridos por parte da Rússia criou uma profunda desconfiança em ambos os lados do Atlântico".

"A pressão dos Estados Unidos sobre Moscou poderia mudar o rumo desta guerra. Moscou não vai parar a menos que sinta que não pode continuar", disse.

A reunião dos 27 Estados-membros da UE ocorrerá pouco depois de se tornar pública a reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, que acontecerá na próxima sexta-feira, bem como o plano de Israel para ocupar a Cidade de Gaza. 

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