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Chanceler venezuelano chama Franco de "escória"

Federico Franco disse que considerou "um milagre" a morte do líder Hugo Chávez


	Presidente paraguaio Federico Franco: Jaua qualificou Franco como "o último golpista da América Latina".
 (REUTERS/Stringer)

Presidente paraguaio Federico Franco: Jaua qualificou Franco como "o último golpista da América Latina". (REUTERS/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 17h06.

Caracas - O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, qualificou nesta quarta-feira de "escória humana e política" o presidente do Paraguai, Federico Franco, ao responder declarações sobre as palavras do governante, que considerou "um milagre" a morte do líder Hugo Chávez.

"Não é a última escória humana e política, Franco, presidente do Paraguai, que vai poder ofender ou agredir a memória desse gigante histórico que é o comandante Hugo Chávez", ressaltou Jaua em declarações ao canal "Telesur", com sede em Caracas.

Jaua ressaltou que se viu obrigado a responder em nome do Governo, do povo e da "memória do comandante Chávez" e para "fixar uma posição perante a história".

"Quem se alegra pela morte de outro ser humano demonstra a mais profunda expressão das misérias humanas, por isso dizemos desde aqui, com toda a dignidade do povo bolivariano: o senhor é uma escória, a última escória da América Latina e o Caribe", comentou.

Chávez faleceu em 5 de março em Caracas em consequência de um câncer que foi diagnosticado em meados de 2011.

Jaua qualificou Franco, que chegou ao poder em junho do ano passado depois que o Congresso destituiu em um controverso julgamento político o então presidente Fernando Lugo, como "o último golpista da América Latina".


O venezuelano também indicou que o governante paraguaio não pode assistir às reuniões na América Latina e no Caribe por ser "herdeiro da tradição mais obscura do América Latina de ditaduras como as que representou (Alfredo) Stroessner no Paraguai".

Em um discurso hoje em um fórum em Madri, para onde viajou no domingo passado para se reunir com o chefe do Executivo espanhol, Mariano Rajoy, Franco considerou um "milagre" a morte de Chávez, dizendo que ele causou "muito danos" ao Paraguai.

Após sua visita à Espanha, o governante viajará para Washington para apresentar perante o Conselho da Organização dos Estados Americanos (OEA) um relatório sobre a situação do Paraguai, suspenso do Mercosul e a Unasul desde 29 de junho.

O Governo de Franco foi isolado por ambos os blocos regionais após a destituição de Lugo.

Franco completa, em 15 de agosto, o mandato que foi iniciado por Lugo em 2008, e entregará então o poder ao vencedor do pleito do próximo dia 21 de abril.

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