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Chanceler palestino acusa Israel de crimes contra humanidade

Ministro das Relações Exteriores palestino acusou Israel de cometer crimes contra a humanidade em Gaza

O chanceler palestino, Riad Maliki: "Israel está cometendo crimes hediondos" (Fabrice Coffrini/AFP)

O chanceler palestino, Riad Maliki: "Israel está cometendo crimes hediondos" (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 09h40.

Genebra - O ministro das Relações Exteriores palestino acusou nesta quarta-feira Israel de cometer crimes contra a humanidade em Gaza, e exigiu uma investigação internacional, durante uma reunião extraordinária em Genebra do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

"Israel está cometendo crimes hediondos. Israel destrói completamente bairros residenciais. O que Israel faz (...) é um crime contra a humanidade" e "viola as convenções de Genebra", declarou o ministro Riad Maliki.

"Israel, força de ocupação, mira há 16 dias nas crianças, mulheres, idosos e os priva de seu direito à vida com bombardeios. Há uma incursão terrestre (...) e isso vai trazer consigo crimes contra civis palestinos, assassinatos deliberados de civis", acrescentou.

"Israel destruiu completamente bairros residenciais, destruiu 2.500 casas. As infraestruturas foram destruídas. As forças israelenses tomam como alvo os centros médicos em Gaza", disse.

"Israel precisará se responsabilizar por estes crimes", disse.

Já o representante israelense no Conselho, Eviatar Manor, acusou o Hamas de cometer "crimes de guerra quando dispara foguetes e mísseis" contra civis, "constrói túneis para atacar aldeias" e oculta munições nas escolas.

"O Hamas carrega toda a responsabilidade pelas vítimas de Gaza" e o presidente palestino, Mahmud "Abbas, deveria dissolver seu governo para demonstrar sua vontade de paz", afirmou.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU realiza nesta quarta-feira uma reunião extraordinária para estudar um projeto de resolução apresentado pela Palestina que pede proteção internacional para os palestinos e uma investigação internacional urgente sobre a ofensiva israelense.

Também pede à Suíça, como depositária das convenções de Genebra, que organize uma conferência sobre a situação dos territórios ocupados.

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