Mundo

Chanceler israelense ameaça Hezbollah libanês com 'guerra total'

Israel Katz está confiante de que o grupo terrosta será destruído, mas ressalta consequências ao Líbano

O Ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz (Agence France-Presse/AFP)

O Ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz (Agence France-Presse/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 18 de junho de 2024 às 18h17.

Tudo sobreConflito árabe-israelense
Saiba mais

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse, nesta terça-feira, 18, que o movimento Hezbollah seria destruído no caso de uma "guerra total", à medida que as tensões aumentam na fronteira comum com o Líbano após trocas de tiros entre o grupo e forças israelenses nas últimas semanas.

"Estamos muito próximos do momento em que decidiremos mudar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano. Em uma guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano será duramente atingido", disse Katz, de acordo com um comunicado do seu gabinete e na rede X.

De acordo com o ministro israelense, o chefe do Hezbollah, Hasan "Nasrallah, se vangloria hoje [terça-feira] de ter fotografado os portos de Haifa, operados por grandes empresas internacionais chinesas e indianas, e de ameaçar danificá-los".

Um pouco antes e coincidindo com uma visita de Amos Hochstein, enviado especial do presidente americano Joe Biden, a Beirute para tentar diminuir a tensão na fronteira entre Israel e Líbano, o Hezbollah havia publicado imagens que, segundo o movimento, foram feitas com um drone sobre Haifa, uma cidade portuária do norte de Israel.

No vídeo, que a AFP não conseguiu verificar de forma independente até o momento, o Hezbollah identifica alguns locais como infraestrutura militares e energéticas, e outros, como instalações civis.

Hochstein se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém na segunda-feira e depois viajou para o Líbano.

"O conflito (...) entre Israel e o Hezbollah já durou muito tempo", disse Hochstein em Beirute, onde se reuniu com o presidente do parlamento, Nabih Berri.

A situação é "grave", disse Hochstein, acrescentando que Washington quer evitar "uma guerra em grande escala".

A fronteira entre Israel e o Líbano tem sido palco de trocas de tiros quase diárias desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas em Gaza, em 7 de outubro.

O Hezbollah, aliado do Hamas, afirma ter lançado mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 8 de outubro. O movimento xiita, aliado do Irã, intensificou seus ataques a instalações militares no norte de Israel na semana passada, após a morte de um alto comandante em um bombardeio israelense.

Pelo menos 473 pessoas foram mortas no Líbano após mais de oito meses de ataques transfronteiriços, a maioria combatentes, mas também 92 civis, de acordo com estimativas da AFP.

Do lado israelense, pelo menos 15 soldados e 11 civis foram mortos, segundo as autoridades.

Acompanhe tudo sobre:HamasIsraelConflito árabe-israelense

Mais de Mundo

Peru decreta emergência em três regiões afetadas por incêndios florestais

Putin reconhece que residentes das regiões fronteiriças estão enfrentando dificuldades

Rival de Maduro na Venezuela diz que assinou documento sob 'coação' e o considera nulo

Príncipe saudita descarta acordo com Israel sem reconhecimento do Estado palestino