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Chanceler do Equador é eleita presidente da Assembleia Geral da ONU

A chefe da diplomacia equatoriana recebeu apoio de 128 países, contra 62 obtidos pela hondurenha Flores Flack, embaixadora de seu país na ONU

María Fernanda Espinosa: ela é a quarta mulher escolhida presidente da Assembleia Geral da ONU e a primeira latino-americana (Rodrigo Campos/Reuters)

María Fernanda Espinosa: ela é a quarta mulher escolhida presidente da Assembleia Geral da ONU e a primeira latino-americana (Rodrigo Campos/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de junho de 2018 às 15h59.

A chanceler do Equador, María Fernanda Espinosa, foi eleita hoje (5) nova presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), cargo que ocupará durante um ano a partir de setembro. Espinosa venceu outra aspirante, a hondurenha María Elizabeth Flores Flack, nas eleições realizadas no plenário da Assembleia Geral.

A chefe da diplomacia equatoriana recebeu apoio de 128 países, contra 62 obtidos pela hondurenha Flores Flack, embaixadora de seu país na ONU. Espinosa é a quarta mulher escolhida presidente da Assembleia Geral da ONU e a primeira latino-americana.

"Agradeço profundamente o voto de confiança que hoje depositaram no Equador para presidir esta Assembleia", disse a ministra equatoriana em seu discurso depois de ser eleita. Espinosa dedicou sua vitória a todas as mulheres do mundo que hoje participam da política e que enfrentam "ataques, machismo e discriminação".

A Assembleia Geral é um dos principais órgãos das Nações Unidas e nela estão presentes os 193 Estados-membros da organização. Espinosa ocupará a presidência durante o 73° período de sessões e substituirá o eslovaco Miroslav Lajcak.

Disputa pela presidência

A Presidência da Assembleia Geral é ocupada, a cada ano, por um representante de uma determinada região do planeta e, desta vez, será a América Latina e o Caribe. Como os representantes dos países da região não conseguiram consenso na escolha de uma candidatura única, como ocorre habitualmente, a decisão teve de ser levada para plenário.

A escolha também abriu uma disputa diplomática entre Honduras e Equador. Honduras estava há anos trabalhando em sua candidatura e alega que o Equador tinha se comprometido, em 2015, a apoiar o país. No entanto, o Equador propôs, em fevereiro, María Fernanda Espinosa como candidata, decisão que levou Honduras a expressar oficialmente seu "mal-estar e surpresa" e a pedir que retirasse a postulação da chanceler equatoriana.

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