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Chanceler diz que não há provas de armas britânicas em protestos

Ministro afirmou que já foi ordenada uma revisão da venda de armas ao Bahrein

William Hague, chanceler britânico: Reino Unido tem critério rigoroso para venda de armas (Brendon Thorne/Getty Images)

William Hague, chanceler britânico: Reino Unido tem critério rigoroso para venda de armas (Brendon Thorne/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 08h33.

Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse nesta sexta-feira que não há provas de que estejam sendo utilizadas armas de fabricação britânica contra a população do Bahrein nos protestos dos últimos dias.

Ao ser questionado sobre esta possibilidade na "Rádio 4" da "BBC", Hague afirmou que o Reino Unido tem um critério "rigoroso" de exportação de armas para impedir que possam ser utilizadas por Governos em uma repressão interna.

Neste sentido, o ministro disse que nesta quinta-feira ordenou uma revisão da venda de armas ao Bahrein.

Segundo o Foreign Office (Ministério das Relações Exteriores britânico), cerca de 250 cartuchos de gás lacrimogêneo e outros equipamentos para controlar distúrbios receberam permissão para serem exportados ao Bahrein nos últimos nove meses.

"Não vendemos material a países que possam utilizá-lo para uma repressão interna ou para provocar conflitos regionais ou internacionais", especificou o chefe da diplomacia britânica.

Ao mesmo tempo, Hague destacou a importância de que prossigam as reformas políticas que começaram em 1999 no Bahrein.

"É necessário continuar com essas reformas. O diálogo com as forças da oposição no Bahrein é sumamente importante", acrescentou o chanceler.

Mais de 15 mil pessoas que gritavam lemas pelo fim do regime se reuniram nesta sexta-feira nos arredores de Manama para participar do funeral de duas das pessoas que morreram nesta quinta-feira quando as forças de segurança evacuaram a praça Lulu, onde os manifestantes pediam reformas.

Sete partidos da oposição, entre eles o Al Wifaq, o mais forte deles, pediram nesta quinta-feira ao Governo que apresente sua renúncia.

Desde que começaram os protestos no Bahrein, em 14 de fevereiro, seis pessoas já foram mortas.

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