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Chanceler diz que CIA, México e Colômbia querem derrubar Maduro

O chanceler também criticou que o pedido das embaixada dos EUA na Venezuela para que os cidadãos americanos no país se preparem para a greve

Maduro: segundo Moncada, a embaixada americana anunciou "outra onda de violência" (Miraflores Palace/Reuters)

Maduro: segundo Moncada, a embaixada americana anunciou "outra onda de violência" (Miraflores Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de julho de 2017 às 21h58.

Caracas - O chanceler da Venezuela, Samuel Moncada, afirmou nesta segunda-feira que a CIA trabalha com a Colômbia e o México para derrubar o governo democrático do país.

Moncada publicou um vídeo no Twitter em que, segundo ele, o diretor da CIA, Mike Pompeo, manifesta que os Estados Unidos têm "profundos interesses no país" e que "evidencia que coordena com a Colômbia e o México para destruir a democracia na Venezuela".

"Seguindo linhas do diretor da CIA e da embaixada dos EUA, os porta-vozes do terror anunciam 'dias escuros' para o povo venezuelano", afirmou o chanceler na rede social.

Em outra mensagem, o ministro publicou uma imagem com outra transcrição de um discurso de Pompeo em um Fórum de Segurança de Aspen.

"Estamos muito otimistas que pode haver uma transição na Venezuela e nós - a CIA -, estamos fazendo o melhor para entender a dinâmica de lá para que possamos comunicar ao nosso Departamento de Estado e outros, o dos colombianos", afirmou Pompeo no fórum.

"Acabo de estar na Cidade do México e em Bogotá falando sobre esse tema exatamente, tentando ajudá-los a entender as coisas que eles poderiam fazer para poder obter um melhor resultado para o seu canto do mundo e o nosso canto do mundo", conclui o texto citado por Moncada.

O chanceler também criticou que o pedido das embaixada dos EUA na Venezuela para que os cidadãos americanos no país a tomar medidas "preparatórias apropriadas" em relação à greve geral convocada pela oposição política para as próximas quarta e quinta-feira.

Segundo Moncada, a embaixada anunciou "outra onda de violência".

Além disso, o chanceler indicou que a oposição ao governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez com que a Organização de Estados Americanos (OEA) convocasse uma nova reunião em Washington para tratar sobre o país.

Nesse sentido, Moncada disse que esses encontros da OEA são precedidos por uma onda de violência executada por aqueles que se manifestam nas ruas contra o governo.

A aliança de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou para quarta-feira uma greve geral de 48 horas contra a mudança da Constituição promovida pelo governo.

No domingo, a Venezuela realizará uma eleição para escolher os representantes da Assembleia Nacional Constituinte. A oposição classificou o processo de fraudulento.

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