O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajará para Bogotá, na noite de quarta-feira, para uma reunião com o chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo. Vieira e Murillo vão discutir a crise na Venezuela e formas de abrir um canal de diálogo entre o presidente Nicolás Maduro e o diplomata Edmundo González, candidato da oposição na eleição de 21 de julho último.
Desde que Maduro foi declarado o vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o país mergulhou em um cenário de violência, com milhares de prisões de opositores e mortes de manifestantes. A oposição e parte da comunidade internacional afirmam que houve fraude na eleição.
Ao mesmo tempo, o CNE praticamente ignora os apelos do Brasil e outros países, para que os boletins de urna sejam divulgados. Somente a partir do conhecimento de dados detalhados sobre a votação será possível ao governo brasileiro reconhecer a vitória de Maduro, ou de González, caso se prove o contrário.
Brasil, Colômbia e México atuam no sentido de mediar uma negociação entre as partes. O caminho mais provável é uma conversa telefônica entre os presidentes dos três países — Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e López Obrador, respectivamente — com Maduro e González, separadamente. A expectativa é que os contatos ocorram em breve, mas não há data definida.
-
1/8
Maria Corina Machado
(A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado (c), participa de passeio político em Guanare, estado de Portuguesa (Venezuela). Venezuela realizará eleições presidenciais em 28 de julho de 2024)
-
2/8
Nicolás Maduro
(O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta terça-feira, em área popular de Caracas (Venezuela). Maduro convidou os seus seguidores a celebrar no Palácio Miraflores – sede do Governo – em Caracas, o seu “triunfo” nas eleições de 28 de julho, quando competirá contra nove adversários pelo próximo mandato de seis anos no poder)
-
3/8
Edmundo Gonzáles Urrutia
(O candidato presidencial venezuelano Edmundo Gonzalez (C) fala a estudantes ao lado de sua esposa Mercedes Lopez (2ª-L) e da líder da oposição venelana Maria Corina Machado (R) durzueante um comício de campanha na Universidade Central da Venezuela em Caracas, em 14 de julho de 2024)
-
4/8
(A líder da oposição venezuelana María Corina Machado cumprimenta apoiadores nesta quarta-feira, em evento de campanha em Guanare (Venezuela). Machado afirmou que existe um movimento social de todas as idades e em todas as regiões do país pela “libertação”, mas também pela redenção, porque – disse – os venezuelanos devem curar as suas feridas e reunir-se)
-
5/8
(Fotografia cedida pelo Palácio Miraflores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumprimentando apoiadores durante evento de campanha nesta quarta-feira, em Caracas (Venezuela). Maduro pediu a milhares de trabalhadores que se reuniram em Caracas que votassem, antes das eleições de 28 de julho, ao mesmo tempo que prometeu recuperar os salários da classe trabalhadora, reduzidos durante os seus 11 anos de governo)
-
6/8
Nicolás Maduro
(Seguidores do presidente da Venezuela e candidato presidencial, Nicolás Maduro, participam esta terça-feira num evento de campanha, numa zona popular de Caracas (Venezuela). Maduro disse que um “morruñeco (tolo)” não pode aspirar à presidência de um país, por isso destacou a importância de “ter saúde” para realizar esse trabalho e assumir os seus compromissos)
-
7/8
(O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta quinta-feira, em Caracas (Venezuela))
-
8/8
Apoiadores do presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, seguram cartazes em evento de campanha em Caracas (Venezuela)
(Apoiadores do presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, seguram cartazes em evento de campanha nesta quinta-feira, em Caracas (Venezuela))