Olaf Scholz, chanceler da Alemanha (Michael Sohn/Reuters)
Agência de notícias
Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 17h00.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2024 às 17h17.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, reafirmou, nesta segunda-feira, 5, seu apoio ao acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, ao qual a França se opõe, ressaltando as "perspectivas de crescimento" que o pacto com o bloco sul-americano representa para a Europa.
"A Alemanha é um país muito apegado ao livre-comércio [...] e acredito que estamos todos de acordo em afirmar que precisamos destes acordos porque têm grande importância geoestratégica", afirmou.
Scholz fez estas declarações durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, que reiterou a oposição da França ao pacto com o Mercosul porque "as condições não estão reunidas".
O acordo com os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), em negociação há quase 25 anos, tem enfrentado forte resistência por parte de agricultores de vários países europeus, que protestam por melhores rendimentos e condições de trabalho.
Estes produtores rurais temem que o acordo UE-Mercosul diminua ainda mais os preços de seus produtos.
O acordo tem como objetivo reduzir as tarifas de importação de bens industriais e farmacêuticos, sobretudo europeus, além de produtos agrícolas.
O futuro das discussões do acordo provocou tensões entre Paris e Bruxelas.
O presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmou mais de uma vez sua oposição a este acordo comercial, cujas regras não considera "homogêneas" com as europeias.
A Alemanha, ao contrário, é um dos mais fervorosos apoiadores do tratado, que permitirá ampliar as oportunidades para sua poderosa indústria exportadora.