Saud al-Faisal, ministro das Relações Exteriores saudita, em reunião do CCG (Fayez Nureldine/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2011 às 10h36.
Riad - As monarquias árabes do Golfo, com a Arábia Saudita à frente, criticaram as "interferências flagrantes" do Irã na região, ao mesmo tempo que ofereceram uma mediação para tentar solucionar a crise no Iêmen.
Os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG - Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã, Qatar e Kuwait) se reuniram na noite de domingo e manifestaram "grande inquietação com a persistência das interferências iranianas na região", segundo o comunicado oficial.
O CCG acusou Teerã de "estimular conspirações contra a segurança nacional dos países", além de "semear a sedição e a dissensão religiosas entre seus cidadãos".
Segundo o conselho, o Irã prejudica a soberania dos Estados.
Vários membros do CGC já haviam acusado Teerã de manter uma rede de espionagem no Kuwait e de apoiar os protestos dos xiitas no Bahrein, onde reina a monarquia sunita dos Al-Khalifa.
Ao mesmo tempo, o CGC ofereceu mediação entre a oposição e o regime do Iêmen, que é alvo de protestos desde janeiro.
Os seis países do grupo expressaram "inquietação com o agravamento da situação no plano de segurança e com o estado de divisão no Iêmen.
Também pediram uma rápida retomada do diálogo para a obtenção de uma acordo sobre as reformas necessárias".
"Os países do CCG concordaram em estabelecer contatos com o governo e a oposição iemenita para propor ideias que permitiriam desbloquear a situação", afirma o comunicado.