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Cessar-fogo na Síria deve partir do governo, diz oposição

Os opositores desejam estabelecer os princípios da pacificação síria

Os opositores sírios devem ser recebidos hoje pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (Yuri Kadobnov/AFP)

Os opositores sírios devem ser recebidos hoje pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (Yuri Kadobnov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 06h54.

Moscou - As autoridades da Síria devem tomar a iniciativa no estabelecimento do cessar-fogo no país, afirmou nesta terça-feira em Moscou o dirigente do opositor Comitê Nacional de Coordenação (CNC) Haizam Manaa.

"Consideramos que é necessário romper o círculo vicioso da violência para resolver o problema sírio pela via pacífica", disse Manaa em entrevista coletiva.

Ao mesmo tempo, o dirigente do CNC ressaltou a necessidade de estabelecer os princípios do cessar-fogo.

"Neste assunto, o papel mais importante deve ser desempenhado pela parte que possui uma maior capacidade de organização, ou seja, as autoridades oficiais da Síria", avaliou Manaa, que chegou ontem à capital russa à frente de uma delegação do CNC, a principal organização da oposição interna e moderada síria.

Os opositores sírios devem ser recebidos hoje pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Manaa assinalou que a oposição síria e a Rússia divergem radicalmente sobre as causas da violência no país árabe.

"Nós consideramos que a violência por parte da oposição síria é uma reação às ações das autoridades. A violência terminará quando cessarem as ações violentas das autoridades", indicou.

Para a Rússia, acrescentou o dirigente opositor sírio, a origem da violência está em circunstâncias de caráter regional.

O CNC ressaltou que não manterá negociações com os funcionários do Governo que tenham as mãos manchadas de sangue.

"Para nós é inaceitável sentar para negociar com funcionários do Governo que têm as mãos manchadas de sangue e corrupção", disse Abul Aziz al-Haier, membro da delegação do CNC.

Sobre a possibilidade de diálogo com o presidente sírio, Bashar al-Assad, o opositor foi categórico: "Se (Assad) declarar e demonstrar sua inocência perante a Justiça internacional e síria estamos dispostos a dialogar com ele". 

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