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Cessar-fogo em Homs é primeiro objetivo de negociações

'A Cruz Vermelha já está aproximando gente ao local e está pronta para a distribuição de ajuda humanitária', afirma Anas Abdeh, porta-voz da delegação opositora

Fumaça é vista na cidade de Homs: balanço de mortos pode aumentar em razão do grande número de pessoas gravemente feridas, segundo a OSDH (AFP)

Fumaça é vista na cidade de Homs: balanço de mortos pode aumentar em razão do grande número de pessoas gravemente feridas, segundo a OSDH (AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2014 às 17h56.

Genebra - O primeiro ponto na agenda das negociações de paz para a Síria é a necessidade de estabelecer um cessar-fogo na cidade de Homs, de uma a duas semanas, e que depois poderia ser estendido ao resto da província.

A informação foi antecipada pelo porta-voz da delegação opositora, Anas Abdeh, na saída da primeira reunião nesta manhã entre as equipes negociadores do governo e da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), no segundo dia de negociações.

'O primeiro ponto que discutiremos esta tarde será um cessar-fogo em Homs. Nós já tentamos e para isso nos pusemos em contato com Rússia, Estados Unidos, ONU e Cruz Vermelha', explicou o membro da delegação da oposição.

Abdeh sustentou que a oposição espera 'um grande progresso' neste âmbito, como parte das medidas de confiança que tentarão concordar entre hoje e amanhã, para depois dar abrir passagem a conversas de caráter eminentemente político, a partir de segunda ou terça-feira.

'A Cruz Vermelha já está aproximando gente ao local e está pronta para a distribuição de ajuda humanitária', disse Abdeh, que detalhou que a organização tem preparadas 12 toneladas de material de emergência para usar em Homs.

Além da entrada de ajuda, o porta-voz indicou que também se tentará criar corredores humanitários para que os civis possam sair dessa cidade, que foi um dos principais focos do conflito armado sírio.

Perguntado sobre como a CNFROS pode garantir que um eventual acordo de cessar-fogo em Homs seja respeitado pelos grupos opositores armados, respondeu que já houve contatos 'com as principais brigadas que operam em Homs', que 'deixaram claro através de declarações públicas que respeitarão o que decidirmos'.

'Temos autoridade moral e política sobre nossos combatentes, especialmente nas áreas onde propusemos o cessar-fogo', garantiu.  

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